sexta-feira, dezembro 30, 2005

Intervenção na Assembleia Municipal 2005-12-30 Discussão e Votação Orçamento e Grandes Opções do Plano para 2006

"Exma Sra Presidente da Assembleia,
Exmo Sr Presidente da Câmara
Caros Vereadores
Senhores Deputados

Venho aqui hoje falar-vos de fantasmas e outros fenómenos aparentemente paranormais.

Venho aqui hoje falar-vos do assombro que é a situação financeira da câmara municipal de Aveiro.

Estamos perante o primeiro orçamento apresentado por este executivo. Um orçamento que pretende certamente ser o mais rigoroso e transparente possível. Mas é um orçamento ensombrado não pelo espírito do Natal passado, mas antes pelo Espírito do Mandato Passado. E meus amigos, que outra razão pode haver para o continuo crescimento e aparecimento de dividas da câmara nestes ultimos dois meses que não uma explicação paranormal!?

Este executivo não é, nem não pretende ser nenhuma espécie de Caça-Fantasmas.

A verdade é que os fantasmas condicionaram sobremaneira a saúde financeira da camara de aveiro. Cerca de 47 Milhoes de Euros, 1/3 do total previsto para o plano de investimentos das GOPS, diz respeito a despesas de anos anteriores. Pior que isso: apenas 9 desses 47 milhoes corresponde a execução fisica superior a 50%!

Em termos de orçamento, os fantasmas deixaram despesas correntes na ordem dos 60 Milhões, o que corresponde a 40% do total orçamentado; destes 60 Milhoes, 7,4 Milhoes correspondem a pagamento de juros, ou seja, 12% das despesas correntes é directamente encaminhada para fazer face ao serviço da dívida.

A cidade já pôs em causa o direito das gerações futuras decidir onde investir. Alguem disse: “Não herdamos este mundo dos nossos antepassados, mas antes pedimo-lo emprestado aos nossos filhos”. Assim os fantasmas não quiseram.

E os fantasmas existem nesta Casa; porque consiguam afectar de algum modo a actuação deste executivo. Os fantasmas existem porque tem a consciência pesada! Os fantasmas existem porque as acções passadas condicionam sobremaneira o presente e o futuro!

Mas, meus amigos, não nos preocupa que haja fantasmas. Nem tão pouco que esta Casa esteja assombrada.

Preocupa-nos isso sim, o facto de termos recebido como herança esta Casa que para alem de assombrada está completamente penhorada! "

Carlos Martins
Deputado Municipal de Aveiro
CDS-PP

quinta-feira, dezembro 29, 2005

mérito

Após a divulgação dos aumentos salariais e de pensões sugeridos pelo actual Governo eis que surge uma verdadeira revolta entre os sindicatos. Não obstante ser verdade que o poder de compra tem vindo a diminuir e de nao haver aumentos reais nos salários ha varios anos, o facto é que os aumentos salariais devem acompanhar o aumento de produtividade, não devendo ser indexados à inflação, sob o risco de se potenciar mais inflação, o que no caso de uma pequena economia dentro do contexto da moeda única, apenas quer dizer mais custos para a entidade patronal, sem correspondente retorno na produtividade, o que, em última análise, significa desemprego no longo prazo. Mas nem sequer era sobre isto que me queria debruçar desta vez, dado que concordo com a restrição nos aumentos imposta, pelo menos em termos gerais.

Eu queria antes focar um ponto, que do meu ponto de vista abre precedentes alarmantes. Estou-me a referir aos aumentos desiguais das reformas.

Ora, não querendo eu por em causa o facto de algumas reformas serem insuficientes para a sobrevivencia, não me parece de todo justo que se aponte o dedo aos que tem reformas superiores. E isto porque a lógica por detras desta medida é perigosa. Mais que perigosa, é ao melhor estilo Leninista, nos tempos que alguns insistem em chamar áureos da ex União Sovietica. A lógica de que quem tem melhores salários é culpado pelos menores salários. É a logica que pressupoe que quem aufere mais rendimentos não fez nada por isso, nao teve mérito. Não ponho em causa que ha de facto salarios extremamente baixos e tal é muitas vezes injusto. Mas não obstante, não é crime nenhum merecer salário elevado; não é crime enriquecer; não é crime tentar ser-se melhor!

Mas pior que isso: quanto mais se tenta "igualizar" a sociedade, pior o seu bem estar geral. E passo a explicar: quanto mais impostos alguem tiver que pagar, quer pelos dividendos, quer pelas mais valias realizadas em bolsa, quer até por pagar mais IRS nos escalões mais elevados, maior será o incentivo para tentar ser melhor onde o mérito seja mais reconhecido pelo Estado. Mais investimento foge, mais cerebros tentam a sua sorte no estrangeiro. O mérito é que faz a sociedade avançar, não é a mediania.

quarta-feira, dezembro 28, 2005

Farto de Vitórias Morais

Luís Delgado refere, no DN de hoje, que Paulo Portas deveria ser agraciado com a “Medalha de Serviços Distintos”, pelos serviços prestados enquanto Deputado, Ministro e Presidente do CDS/PP, tendo-se distinguido com “valor e mérito”.

De facto, haverá hoje, da esquerda à direita, um certo consenso, mesmo entre aqueles que por Paulo Portas e/ou pelo CDS/PP destilam puro ódio, que o mesmo exerceu com elevada dignidade as suas funções políticas e que o CDS/PP mostrou no Governo uma excelência difícil de alcançar.

Todavia, Luís Delgado considera ainda que “Um dia obterá a Medalha de Honra do Congresso, a mais alta e rara condecoração”. Neste ponto devo expressar as minhas dúvidas. Não porque considere que Paulo Portas não reúna as condições para isso, não porque considere que tal não seria de elementar justiça, não porque não considere que Paulo Portas é um “primus inter pares”.

Julgo até que Paulo Portas terá tudo para ser agraciado com a “Medalha de Honra do Congresso”. Mostrou que sabe governar, soube aceitar os resultados eleitorais e soube sair, granjeou respeito e admiração.

Porém, para ser distinguido com tal honra faltar-lhe-á, rectius, terá o problema de sempre. Faltar-lhe-á Partido.

Num País onde o aquele que é tido como o representante do Centro-Direita se apresenta ao eleitorado com sendo um homem de Centro-Esquerda; num País onde o principal partido da oposição ao Governo Socialista é um partido Social-Democrata; num país onde o único Partido representante, assumido, das Direitas tem uma expressão comparável à extrema-esquerda, temo que a Paulo Portas falte espaço para tal honra.

Dir-me-ão:
– Agora será diferente.
- O CDS/PP esteve no poder e demonstrou ser uma mais valia para Portugal
- Portas mostrou que é o melhor político português.

Receio, porém, que sempre tenha sido assim.

Há demasiados anos que ouço que o CDS/PP tem o melhor grupo parlamentar, há demasiados anos que ouço que o CDS/PP tem o melhor Presidente; há demasiados anos que ouço que o CDS/PP teve sempre razão antes do tempo; há demasiados anos que ouço que o programa do CDS/PP é sempre o melhor, há demasiados anos que ouço que o CDS/PP tem os melhores quadros, há demasiados anos que ouço todos os elogios possíveis e imaginários ao CDS/PP…

Há demasiados anos que, não obstante todos os elogios, todas as vitórias morais, tudo quanto o CDS/PP fez por Portugal, há demasiados anos que não lhe é dada a possibilidade de se acabar com a alternância do bloco central e surgir uma verdadeira alternativa de Direita, Liberal e Conservadora.

Temo bem que o problema em Portugal seja o dos Portugueses encararem os Partidos como os Clubes, queixarem-se muito e insistirem nos mesmos, deixarem de acreditar em todos antes mesmo de terem sentido a mudança.

Choque Tecnológico chega a Belém

Mário Soares considera que uma eleição de Cavaco Silva para a Presidência da República seria "perigosa", porque o seu adversário "tem uma cabeça programada como se fosse um computador para ser primeiro-ministro".

Amanha Soares vai dizer que tem mais RAM do que Cavaco, e que tem mais software para ser Presidente da República. O que Soares não diz, é que ainda usa o Windows 95, que é incompativel com o mundo global que entretanto surgiu.

terça-feira, dezembro 27, 2005

Um Debate Nuclear para o Futuro

Os meus parabéns ao novo Blog “Central Nuclear” (peço a quem disto perceba que ponho o Blog nas nossas ligações) que pelo que vejo eleva o debate sobre esta questão (via a A Arte-da-Fuga).

Na verdade, as mais das vezes parece que este debate se encontra preso ao complexo de
Chernobyl, o qual, embora deva ser adequadamente ponderado não pode servir de fundamento dos fundamentos que inviabiliza toda e qualquer energia renovadora e inovadora.

Admitindo que não seja um grande especialista na matéria, não me parece intelectualmente honesto condicionar todo um debate a uma experiência – catastrófica é certo (embora potenciada pela própria forma como a URSS lidou com o problema) – datada, no contexto de uma super-potência com poucas preocupações com a segurança e bem estar dos cidadãos e, sobretudo, quando o “estado da arte” é já completamente diferente.

Por outro lado, como refere o Adolfo, tendo Portugal centrais nucleares tão perto das suas fronteiras não estaremos a participar dos eventuais riscos, sem termos qualquer proveito?

No Lobby seguiremos atentamente o debate, tanto mais quanto muitos de nós são adeptos incondicionais do Nuclear.

Auditoria às contas da CM de Aveiro

Foi ontem recomendado pela Assembleia Municipal de Aveiro que seja efectuada uma auditoria às contas do Municipio.

A sessão que teve início as 21h e prolongou-se ate bem perto das 2h da manhã, debateu a comunicação do novo presidente Elio Maia àquela camara de deputados, debate durante o qual foi sugerida a tal auditoria externa.

Tal facto não seria muito surpreendente, não fosse o facto de ter surgido em primeira instância da bancada do Partido Socialista.

Ora, como todos infelizmente temos conhecimento, a gestão das contas públicas da CMA foi tudo menos brilhantes ao longo dos anteriores mandatos de Alberto Souto de Miranda, pelo que esta iniciativa do PS não só surpreende, como enche de orgulho toda a oposição. Sim, porque afinal todas as críticas feitas à anterior gestão tinham fundamento. Sim, porque a paupérrima situação financeira da camara é a consequencia dessa mesma gestão. E sim, porque finalmente todos vamos poder saber em situação realmente se encontram estas contas. Para o bem e para o mal.

Meus senhores, a seriedade e a transparência acima de tudo, doa a quem doer.

E neste sentido, o grupo parlamentar do CDS-PP na Assembleia Municipal de Aveiro, vincou a sua posição no sentido desta auditoria ser feita por entidades públicas, nomeadamente o Tribunal de Contas, não só por representar custo zero para o município, como por apresentar uma credibilidade inquestionável e inquestionada.

Carlos Martins
deputado municipal de Aveiro
Grupo Parlamentar do CDS-PP

segunda-feira, dezembro 26, 2005

Moralismos


Os cigarros vão aumentar, outra vez…, mais um aumento de impostos.

Mas desta vez, como o imposto que sobe é um dos designados “impostos do vício” parece que não há problema!

Como se no Portugal atrofiado de imposto em que vivemos a subida de qualquer um deles não seja sempre um triste sinal.

Como se numa sociedade moderna e aberta não houvesse lugar a vícios, como se ao Estado caiba fazer juízos de valor sobre a vidas das pessoas e onerar mais o estilo de vida de umas do que o de outras!

Sabem o que vos digo – moralistas!

sexta-feira, dezembro 23, 2005

Cavalos e afins

Mario Soares diz que os candidatos não são cavalos para serem alvo de apostas, mas tenho de confesar que se alguns são verdadeiras reliquias históricas, dignas de museu.

Um exemplo (infeliz) do que tentámos mudar...


Presidente da Juventude Popular aposta na geração "Morangos com Açucar"

O presidente da Juventude Popular (JP), João Almeida, declarou-se hoje (18-12-05) apostado em conquistar a geração do "Morangos com Açucar", do Messenger, do HI5 e mesmo da pirataria.


O líder da JP defendeu junto do congresso que o reelegeu para um quarto mandato, em Bragança, ser necessário a estrutura partidária adaptar-se às "novas maneiras de ser dos jovens para fazer passar a mensagem".


Segundo João Almeida, a geração para a qual vai trabalhar é "a geração que vê o `Morangos com Açucar` (série televisiva), que saca mais músicas da Internet do que os CDs que compra, do messenger e do HI5".


"É necessário saber aproveitar os novos meios de comunicação para saber passar ideias", defendeu.


Na opinião do presidente, se a JP tiver "um personagem numa dessas séries televisivas, à semelhança do que já acontece em outros países, vale muito mais do que milhares de contos em campanhas".


"A juventude vai ouvir, se a mensagem for passada no seu meio", considerou.

(...)

É isto que devo dizer a um jovem que está a pensar em se filiar na JP?!

Terrorismo de Extrema-Esquerda na GRÉCIA!

Ainda se ouvia os ecos da esquerda portuguesa que nao se lembra das FP25 cantar aos 7 ventos o quão ridiculo havia sido o discurso de Ribeiro e Castro e mais uma prova flagrante explodia em Atenas da veracidade e oportunidade das suas palavras!

Como alguns sabem, este acontecimento em Atenas toca-me de modo especial, pelo que não queria deixar de lembrar o que hoje la se passou.

Já é altura das verdades serem ditas sobre a Esquerda! Já é altura do terrorismo acabar!

quinta-feira, dezembro 22, 2005

Um grande post!


"É sabido que muitos insurgentes têm reservas quanto ao rumo da liderança de Ribeiro e Castro (e alguns duvidam mesmo da viabilidade do CDS-PP) e também por isso é de assinalar e elogiar esta tomada de posição e a clareza do discurso. Se existe espaço para o CDS-PP no panorama político-partidário português ele certamente não estará na tentativa de construir uma terceira alternativa social-democrata ao PS e ao PSD. O futuro do CDS-PP só pode passar pela afirmação de uma alternativa de direita, que seja simultaneamente credível do ponto de vista das políticas públicas e ideologicamente sólida e distinta do PS e do PSD. Para a construção dessa alternativa, a clareza e coragem na denúncia dos ídolos com pés de barro do pensamento politicamente correcto é um passo imprescindível. A maior ameaça interna ao pluralismo das sociedades ocidentais vem hoje inequivocamente da extrema-esquerda e assumir o combate a essa ameaça, apesar de tarefa difícil e cheia de armadilhas, é uma parte indissociável de qualquer alternativa credível de direita. Esperemos que esta linha seja para manter no futuro."

Comunicado

Considerando as declarações prestadas pelo Senhor Presidente do CDS/PP, Dr. José Ribeiro e Castro, no último Congresso Nacional, em Bragança, da Juventude Popular (JP) a Comissão Política Distrital de Aveiro da JP, vem tornar público o seguinte:

1. A sua total solidariedade e simpatia pelas palavras proferidas pelo Senhor Presidente do CDS/PP, relativamente à origem do terrorismo e ao apelo para que terminem as duas mais violentas ditaduras que ainda subsistem no Mundo – Correia do Norte e Cuba;

2. A Juventude Popular de Aveiro exprime o seu maior reconhecimento à coragem do Dr. José Ribeiro e Castro, por ter dito o que muito sabem e sentem, rompendo com o complexo português de não confrontar a esquerda com a sua história e com os resultados dessa mesma história;

3. A Juventude Popular de Aveiro não tem qualquer dúvida em configurar aqueles dois regimes como brutais e ditatoriais, exemplo máximo do desprezo da esquerda pelos mais básicos princípios da dignidade humana, em nome de estéreis colectivismos;

4. Não obstante, em Portugal, ser politicamente correcto ligar sempre a esquerda à Liberdade, a verdade é que não existe (nem existiu) nenhum regime de esquerda que não a tenha coarctado e que não tenha vivido sob o jugo da Ditadura;

5. Ditaduras essas que foram as mais sangrentas que o mundo conheceu e que provocaram um atrasos de cerca de um século em vários País (v.g. países da anterior URSS e do Pacto de Varsóvia);

6. A Direita portuguesa apresenta-se neste combate descomplexadamente, uma vez que nunca apoiou qualquer regime totalitário, ao contrário das várias esquerdas, tendo sido sempre, desde logo por causa da sua génese personalista, um fiel lutador contra qualquer forma de violação dos direitos humanos, em qualquer parte do mundo.

7. Parafraseando Francisco Lucas Pires, neste combate “o CDS estará sempre do outro lado da barricada, lutando contra qualquer regime ditatorial, seja de esquerda ou de direita”;

8. Pudesse a esquerda ter tanta firmeza no discurso, e tanta coerência na acção.

Aveiro, 21 de Dezembro de 2005

Aveiro

A cidade de Aveiro vive momentos dramáticos. A situação financeira herdada da governação socialista é gravíssima. A angustia apodera-se do novo executivo, ao compreender que pouco pode fazer para alterar os compromissos anteriormente assumidos, ou seja, está impedido de apresentar um orçamento que seja realmente aquilo em que todos acreditamos e aquilo para que fomos democraticamente eleitos em oututbro ultimo.

Inumeras criticas a este orçamento se perfilam. Nomeadamente daqueles que, em ultima analise, sao os responsáveis maximos pela situção em que hoje nos encontramos.

Falando como membro da Juventude Popular e, como tal, responsável por defender os interesses dos jovens, das futuras gerações, só posso apresentar o meu profundo lamento pelo despesismo socialista dos ultimos 8 anos em Aveiro. Não se trata apenas de dificuldades de tesouraria, de falta de pagamentos, da humilhante situação de nao se honrar compromissos. Ainda mais grave do que isso, é compromenter-se a capacidade de investimento do concelho nas gerações futuras. E desengane-se quem achar que é exagero. A situação orçamental actual terá consequencias ao longo da proxima decada!

Tenho confiança neste executivo. Tenho confiança na sua capacidade de gestão. Mas a realidade das contas é fria e inequivoca: a camara municipal de aveiro está em falencia técnica.

Todos os pontos que nós, CPC e CPD de Aveiro da JP defendemos, tais como diminuição dos gastos publicos como motor da economia (local ou nacional), diminuição do peso do Estado na economia, redimensionamento e mais eficiencia da administração pública, liberalização da economia e menos ligação do Estado na decisão das empresas e elaboração dos orçamentos com despesa em função das receitas (como todas as familias TÊM que fazer) não foram seguidos em Aveiro.

Mais uma vez, o despesismo socialista se abateu sobre nós. Seria bom que de uma vez por todas se percebesse que a ideologia por detrás do PS é NOCIVA aos interesses do Estado e da Economia. Porque...quem sofre somos nós que pagamos mais impostos, são as futuras gerações que para alem de mais impostos não vão poder decidir se e aonde querem fazer novos investimentos. Por isso vou repetir uma frase da ultima campanha das autarquicas: Dr. Alberto Souto de Miranda, TENHA VERGONHA!

Para finalizar, so queria alertar para o descaramento que vai existir por parte do PS Aveiro quando for a discussão deste orçamento, o qual vão criticar. Mas este orçamento é unica e simplesmente a consequencia da herança deixada! Por isso não só aconselho a terem alguma lucidez como tambem desafio a votarem a favor, em nome da COERENCIA! Caso contrario, TENHAM VERGONHA!


Carlos Martins
Deputado à Assembleia Municipal de Aveiro
Bancada CDS-PP

quarta-feira, dezembro 21, 2005

O que os socialistas não sabem

A subida de impostos constantemente em Portugal, vai no sentido contrario do estimulo necessário aos agentes económicos, todos sabemos isso, Steve Forbes também sabe, os Socialistas não sabem, e julgo que nunca vão saber.

O Meu Debate

Ontem, enquanto decorria esse grande debate, debatia-me eu - higienicamente, diria - com uma maravilhosa açorda de marisco seguida de um não menos fantástico folhado de caça, tudo muito bem regado (no restaurante “O Carteiro” que aconselho).
Julgo que foi a primeira vez que deixei de assistir a um dos debates políticos ditos "decisivos", mas estas eleições, com toda a sinceridade, não chegam aos calcanhares de uma qualquer iguaria.

Como diria outra pessoa - Apoia o Cavaco?
- Não, só voto!

Assim, mesmo não sabendo o que se verdadeiramente se passou pressuponho que está será a melhor análise (do genial Francisco Mendes da Silva):

"Mais do que um combate de boxe, o debate de ontem pareceu-me mais um daqueles teen movies dos anos 80. De um lado, o geek envergonhado, bom aluno, capaz de fazer contas mas socialmente inábil. Do outro, o jock, capitão da equipa de futebol americano, namorado da chefe da claque, filho de uma das melhores famílias lá da terriola e líder de um gangue de rapazes altos, louros e musculados, que se fazem transportar em pick-ups garridas e passam os dias a aterrorizar os geeks que se lhes atravessam no caminho. Soares gosta de se ver neste último papel. Mas esquece a moral de todos esses filmes. Cavaco, pelo contrário, sabe bem quem acaba sempre por ficar com a rapariga."

terça-feira, dezembro 20, 2005

Rota da Luz

Como todos sabemos, o Turismo assume-se como um sector essencial na economia portuguesa. Aveiro nao é excepção.

Nos proximas horas saberemos quem irá ser o novo presidente da Rota da Luz, entidade que reune em si camaras municipais, agentes económicos ligados à area do turismoe outras entidades. Durante largo periodo a Rota da Luz foi presidida pelo ilustrissimo aveirense Encarnação Dias. Nao queria, pois, deixar passar esta oportunidade de prestar a devida homenagem a um grande cidadão da nossa cidade, pela dedicação e forma exemplar como tem representado toda a região.

segunda-feira, dezembro 19, 2005

Congresso JP

Não gosto de usar este Blog para discutir questões internas da JP. A JP discute-se nos seus órgãos, neste Blog discute-se, sobretudo, políticas para o Distrito de Aveiro.

Porém, após o congresso nacional da JP, não posso deixar de comentar o mesmo para todos os que nos queiram ler e não apenas para cada um dos membros da Distrital de Aveiro da JP.

Antes do mais, quero agradecer a todos os que participaram neste congresso, a todos que contribuíram para a participação de Aveiro ter sido – desculpar-me-ão a imodesta – brilhante. Excelente na moção, irrepreensível na postura, digna e livre, sempre em nome da liberdade, sempre intransigente na defesa da sua consciência.

Em primeiro lugar cumpre dar os parabéns a quem ganhou. Não por qualquer mecanicismo, não por qualquer praxis fortemente enraizada, não por ser um mínimo de gentileza mas, simplesmente, porque nós somos assim – a liberdade que nos permitiu discordar tem como correlativo a responsabilidade de assumirmos os resultados. Assumir os resultados é saber não só dar os parabéns a quem ganhou, como também perceber que as discussões sobre o Congresso terminam no seu encerramento.

Não porque devamos passar uma esponja sobre o passado; não porque não tenhamos memória; não porque nos devamos esquecer de Albergaria ou da votação de braço no ar. O Congresso termina no seu encerramento porque o passado não nos condiciona o futuro, nem pode, muito menos, condicionar a actividade da JP.

Há um projecto para os próximos dois anos, há uma direcção eleita para o próximo biénio e nesse lapso de tempo concretizar as suas ideias. Nós cá estaremos, na primeira fila, como sempre. Iremos a todo lado, ajudaremos no que for profícuo, participaremos em tudo. Sempre com a liberdade que nos exorta, nos encoraja e move, sempre com a responsabilidade e a exigência de quem não esquece que tinha um outro caminho e que ousou dizer que é possível fazer melhor e fazer mais do que aquilo que tem vindo a ser desenvolvido.

Em segundo lugar, temos que assumir que perdemos. Perdemos, mas não fomos derrotados. Só é derrotado quem perde a esperança, e nós temos muita confiança; só é derrotado quem deixa de acreditar e nós temos muita fé no futuro; só é derrotado quem perde o alento e nós temos muita alegria; só é derrotado quem não tem um caminho e nós temos um projecto.

Temos um projecto em que acreditamos tanto hoje, como acreditávamos ontem; temos um projecto em que confiamos tanto hoje, como confiávamos ontem, temos um projecto que aponta um futuro - o nosso futuro -, um projecto de ideias, um projecto de convicções, um projecto de ideais mas que aponta soluções concretas e, sobretudo, ontem como hoje temos um projecto para todas as Direitas, um projecto que agrega, um projecto que oferecemos a todos em nome da JP, em nome do CDS e em nome de Portugal.

Em terceiro lugar temos que assumir as nossas responsabilidades. Quem apresenta um projecto em nome de órgãos distritais para toda a JP assume, nesse exacto momento, a responsabilidade de ser capaz, mutatis mutandis, de assumir e concretizar esse mesmo projecto.

Esse será o desígnio da JP de Aveiro para os próximos dois anos – pensar a Direita e apresentar um novo projecto de sociedade para Portugal.

Em nome da liberdade que nos constitui e enforma concretizaremos o nosso próprio projecto, com a certeza de que, se formos capazes, Aveiro será mais forte, mais coesa, mais informada e formada, mais interventiva, mais participada, mais respeitada pela sociedade em geral e a juventude em particular, mais livre e responsável; mas também com a certeza de que assim ganhará toda a JP.

[Diogo Duarte Campos]

O futuro começa agora!

Começa hoje um novo projecto, uma nova visão de JP, que apesar de ainda não ser maioritária em votos, num Congresso que foi dominado pela típica maquina partidária, projecta uma JP de pensadores livres, de pessoas descomprometidas, de querer um futuro mais ambicioso, de achar que o nosso campeonato é o da qualidade, e sempre pela qualidade.

Não nos consideramos vencidos, mas cada vez mais, convencidos que há uma maioria silenciosa, uma maioria que não está entranhada na maquina e que dela não precisa. Acreditamos, hoje, amanha e sempre que no futuro seremos cada vez melhores e que em liberdade, todos escolheremos em liberdade, sem braços no ar, mas na urna secretamente, em consciência, as orientações politicas as ideias e os projectos que melhor servem uma juventude diferente.

Seremos responsáveis, estaremos atentos, fiscalizaremos e faremos com que os projectos sejam cumpridos, estivemos na primeira fila a aplaudir os vencedores, continuaremos na primeira fila, na primeira fila das ideias, na primeira fila do trabalho, na primeira fila do futuro.

“Ah, que ninguém me dê piedosas intenções! Ninguém me peça definições! Ninguém me diga: "vem por aqui"! A minha vida é um vendaval que se soltou. É uma onda que se alevantou. É um átomo a mais que se animou... Não sei por onde vou, Não sei para onde vou - Sei que não vou por aí!”
José Régio

Aveiro sempre!

Aveiro é a melhor distrital da JP. É a única coisa que me apetece dizer aqui hoje. A melhor porque tem as melhores ideias. A melhor porque apresentou-as. A melhor porque soube ter elevação de discurso, superioridade intelectual, honra, valores e convicções.

Venceu quem considerou que os fins justificam os meios. Quem considerou que os valores e as convicções vêm depois de se conseguir os lugares. Venceu quem preparou os canticos. Perdeu quem trouxe ideias. Venceu quem gritava o vazio de ideias. Perdeu quem apesar de sufocado exprimia estoicamente brilhantes ideias e nobres ideais.

Nem a organização do Congresso conseguiu merecer elogios. Desde diferenciar as distritais, sendo consideradas as melhores e merecedoras dos melhores hoteis Lisboa e Porto, com aqui Aveiro a ser considerada a pior distrital de todas, pois mereceu apenas passar imenso frio durante a noite que, lamento, nao é de qualidade. Desde que organizar jantares que nao conseguem atrair sequer metade dos congressistas. Passando por descontos ridiculos de 2,5% em restaurantes (numa refeição de 15eur, o desconto seria de 0.375 Eur!!!). Passando por uma sala de congresso sem as minimas condições (havendo espaços bem mais nobres na cidade). Culminando no momento historico deste congresso, onde - imagine-se -, a sala foi invadidada por um empresario nocturno insatisfeito! Custa-me perceber como é que alguem possa ter pensado em organizar uma festa nocturna num congresso tao disputado como este, onde era mais que previsivel prolongar-se pela noite dentro. Apenas por respeito à JP é que saí da sala aquando da votação do louvor a esta organização. A minha vontade era quebrar a praxe e votar CONTRA.

Mas as nossas ideias e convicções em nada foram abaladas! Apesar da marginalização da distrital de Aveiro na CPN, continuaremos a ser os melhores nas ideias, nos projectos, nos valores! Nesse campeonato ninguem nos pode vencer!

quinta-feira, dezembro 15, 2005

jeronimooooooooooo!!!!!!!!!!!!!!!!!

"Portugal não devia ter aderido à Moeda Única" Jerónimo de Sousa in Debate Presidenciais RTP

Nem me atrevo a comentar...

terça-feira, dezembro 13, 2005

Em nome da liberdade

Hoje às 21 h na sede do CDS/Partido Popular, a Distrital de Aveiro vai apresentar públicamente a moção Em nome da liberdade – Um novo projecto para a JP.

Estão todos convidados.

quarta-feira, dezembro 07, 2005

12º Ano com menos exames...

Segundo sugestão do nosso Governo, parece que os exames do 12º ano de escolaridade vao ficar reduzidos a apenas 3. Mas só para alguns...porque quem quiser continuar os estudos no ensino superior, terá que fazer o actual numero de exames. Ora, desculpem-me se parece que tenho a mania da perseguição, mas peço-vos que me sigam o pensamento: se so quem nao quer estudar no ensino superior é que vai ter menos exames, entao a medida parece criar 2 escalões de 12º ano; se aqueles que pura e simplesmente nao conseguem terminar o 12º, vao ter mais facilidades, ha mais pessoas a acaba-lo, estatisticamente; só vejo uma vantagem nisto, dado que nao vai preparar ninguem melhor para o mercado de trabalho: a vantagem é aparecerem mais pessoas com o 12º ano terminado. Agora talvez a pergunta esteja a latejar por voces leitores: mas quem é que quer pura e simplesmente aumentar o numero de pessoas com diploma do ensino secundário!? Pois bem, eu lembro-me de um dos objectivos do tal Plano Tecnológico, que parece que assim ja vai ter pelo menos um objectivo cumprido, sem muito esforço. Sem nenhum beneficio prático tambem...mas isso é o Governo que temos...

Detestamos ter razão...

A CPD de Aveiro da JP apresentou ha bem pouco tempo uma moção estratégica global ao congresso nacional, a realizar em Bragança nos proximos dias 17 e 18 de Dezembro.

Apontamos factores de competitividade, nomeadamente no que respeita aos trabalhadores. Não precisamos ter vergonha de dizer o que pensamos, mesmo que seja contra muito o que o 25 de Abril trouxe em termos de legislação laboral inspirada no pensamento marxista leninista, que ainda hoje prolifera por esses so called sindicatos (!!!!!). A legislação é nociva aos interesses da economia do País e, em última análise, dos próprios trabalhadores.

Apresentamos propostas concretas para reduzir custos de horas extraordinarias, de redução de benefícios, em geral de adaptação de salários à produtividade, já que é a única forma sustentável de manter níveis salariais. Mas estas propostas não surgiram do céu, como que por milagre, ou iluminismo da nossa parte. Havia o conhecimento da situação real do País, nomeadamente, do caso concreto da AutoEuropa.

A AutoEuropa contribui em 1/3 das exportações nacionais e tem um peso enormíssimo no nosso PIB. Mas a AutoEuropa não é uma associção de caridade muito menos a santa casa da misericordia! Se cá está, é porque é rentável. Invertendo o raciocínio, só fica enquanto for lucrativo ficar.

Neste seguimento, custa-me perceber a posição dos sindicatos e dos trabalhadores da fábrica de Palmela. Não consigo perceber se se trata de pura falta de visão (há quem chame a isso falta de inteligência, mas não quero ofender os nossos sindicatos...) ou se se trata de ambição desmedida (sim, porque com a extraordinária oferta de emprego existente no país, será fácil arranjar trabalho caso a fábrica feche...). Ora, se os custos de produção aumentarem, não será logico que a AutoEuropa fique menos competitiva? E que por isso mesmo lhe seja mais complicado garantir o fabrico de novos modelos? E que isto, em última análise, resultaria no fecho da fabrica? Neste contexto e numa conjuntura claramente desfavorável ao País, nao seria de bom senso aos sindicatos NO MINIMO terem as mesmas medidas de austeridade que o português médio?

Mas NÃO! Os sindicatos EXIGEM aumentos salariais CLARAMENTE superiores à inflação... É brilhante, sem dúvida, a capacidade de defesa dos trabalhadores por parte destes sindicalistas...E depois argumentam que ninguém defende os postos de trabalho...

A JP de Aveiro tinha e tem razão quando defende a flexibilização das leis laborais!

Viva Portugal!

Proteccionismo da mediocridade

Alguém me explica como é possível que uma viagem (só de ida) Porto-Lisboa no Alfa Pendular custe, em classe Conforto 37,50 EUR?

Como é possível que fique mais cara do que uma viagem de ida e volta Porto-Londres em algumas companhias aéreas?

Será que está relacionado com o passivo da CP? Então, porque é que o governo não acaba com a linha-férrea e passa a LIBERALIZAR e deixar de ser PROTECIONISTA em relação ao mercado doméstico de aviação? Eu não quero saber se a TAP e a Portugália sobrevivem sem este proteccionismo no mercado interno. Melhor, quero, se isso implicar que tenha de pagar mais valor apenas porque o estado é mau gestor, cobra caro e ainda tem empresas, como a CP, em falência técnica com um passivo de 741 milhões de EUR.

Quotas de mérito

A Avaliação dos funcionários públicos encontra-se em stand-by porque não há acordo com os sindicatos, na existência de quotas de mérito.

Nós sabemos que é efectivamente muito difícil, a existência de quotas de mérito na função pública. São tantos, os empenhados trabalhadores da função pública, que imaginamos a dificuldade de conseguir que só 5% deles sejam considerados muito bons.

terça-feira, dezembro 06, 2005

A mais Europeia das cidades Portuguesas

Em toda a Europa se anda de bicicleta, excepto em Portugal.

Seria verdade se nao fosse Aveiro!

segunda-feira, dezembro 05, 2005

Call to arms!

O sino toca a rebate meus amigos!! Urge fazer o derradeiro apelo à união e ao espírito de sofrimento das nossas gentes!! Da imensidao de paginas de moções estratégicas globais, de moções estratégicas sectoriais e de pura e simplesmente "moções" (sim porque a Moção D ao congresso nacional é apenas designada por "moção D"...talvez seja o selo de qualidade...) eis que surgem as propostas de alterações aos estatutos da JP. Talvez o leitor mais impaciente nao consiga chegar ao meio, dada a imensidão de propostas de alterações de virgulas e - imagine-se -, formatações de paragrafos, mas o que é facto é que a grande proposta de alteração reside na definição e transposição de uma politica seguida pela CPN actual para os nossos estatutos! A proposta pretende de forma inequivoca estrangular a presença em conselhos nacionais e congressos de concelhias de dimensão pequena e média, deixando às maiores o espaço para inundar (permitam-me o termo) as nossas sedes de discussão com as suas "claques". E por claque, para que fique bem claro, defino como um grupo de pessoas, neste caso jovens, que seguem segamente os seus idolos, com fé e nao racionalidade, apoiando todas os seus actos, e repreendendo todos os outros.

Meu amigos, JP é e sempre foi um lugar de pluralismo e liberdade. Mas a JP não é só Lisboa e Porto. A nossa riqueza está na nossa diversidade! A nossa fraqueza está na pobreza de visão a longo prazo dos nossos dirigentes: a sua visão é sempre a prazo de dois em dois anos...e/ou de 6 em 6 meses...

PS: não sei me vou alegrar por ter razão ou entristecer pelas consequencias de ver congressistas a votarem favoravelmente esta proposta de alteração desconhecendo por completo que estarão na realidade a prejudicarem as suas próprias estruturas concelhias. Mas baterão palmas alegremente...