terça-feira, janeiro 31, 2006

Ainda o fim de semana!

Noticia de ultima hora....
gripe das aves afecta 6 milhões de águias...
nova estirpe do vírus SCP3-1...

sintomas : tudo sem pio...

Via email.

Microsoft anuncia aliança para formar 20 milhões de pessoas na EU

A Microsoft anunciou hoje a criação de uma aliança com outras empresas do sector para dar formação a 20 milhões de pessoas na União Europeia (UE), nos próximos cinco anos, aumentando a sua capacidade para encontrar emprego.

A notícia é avançada pela agência Lusa que acompanhou o anúncio que foi feito por Jean-Philippe Courtois, presidente da Microsoft International, no início do Fórum de Líderes de Governo, que decorre hoje e quarta-feira, em Lisboa, e reúne mais de duas dezenas de responsáveis e académicos europeus para debater a competitividade através da inovação.

A aliança anunciada pela Microsoft incluirá empresas como a Cisco Systems e a State Street, que investirão 60 milhões de euros no projecto para oferecer às pessoas acesso à tecnologia, formação e certificação das competências requeridas pelos empregadores.

O objectivo da European Alliance on Skills for Employability é apoiar 20 milhões de pessoas na UE, nos próximos cinco anos, com ênfase para os jovens desempregados, trabalhadores mais velhos e deficientes.

A ler

A Doutrina Social da Igreja e o Princípio da Subsidiariedade Disse já que a Doutrina Social da Igreja (DSI) tem sido fértil em interessantes reflexões sobre o papel do Estado nos dias que correm e na defesa do princípio da subsidiariedade da actuação estadual. De facto, a DSI parte do princípio de que as liberdades não seriam respeitadas, nem em palavra nem em espírito, se prevalecesse a tendência a atribuir ao Estado e às outras expressões territoriais do poder público uma função centralizadora e exclusivista de organização e de gestão directa dos serviços, ou de rígidos controles, que acabariam por desnaturalizar a sua legítima função (…) segundo o princípio da subsidiariedade (João Paulo II).Para dar resposta a esta asserção, a DSI erigiu como seus os princípios da subsidiariedade e do desenvolvimento dos corpos intermédios, neles procurando as soluções que impeçam o centralismo estatal. São estes princípios que, no entender da DSI, fomentam a existência de comunidades intermedias, em claro reforço da liberdade e da iniciativa dos indivíduos e proporcionando um estímulo eficaz de energias, até para o próprio Estado.Para a DSI, importa dar condições para que as comunidades intermédias, das quais a familia e o município são das mais importantes, possam exercer o seu importante papel na sociedade, despertando ao máximo as iniciativas criadoras e a responsabilidade dos seus membros, podendo o Estado ficar dedicado àquelas tarefas que hoje somente ele pode empreender. Curiosamente, estes princípios, muito explorados pelas democracias cristãs europeias, sobretudo no pós-guerra, não têm merecido grande reconhecimento dos partidos portugueses que, de certa forma, se consideram herdeiros da tradição democrata cristã. Quer o PSD quer o CDS, apenas programaticamente têm vindo a revelar interesse pelo assunto, quase esquecendo que o Programa do PPE, a que ambos se vinculam, defende a existência de um poder político descentralizado até onde for possível, advogando a transferência de competências para os níveis intermédios.

[Diogo Duarte Campos]

segunda-feira, janeiro 30, 2006

O Papa Liberal

O ZPA do "E depois do Adeus" escreveu o seguinte:
O PAPA LIBERAL? "Um Estado, que queira prover a tudo e tudo açambarque, torna-se no fim de contas uma instância burocrática, que não pode assegurar o essencial de que o homem sofredor — todo o homem — tem necessidade: a amorosa dedicação pessoal. Não precisamos de um Estado que regule e domine tudo, mas de um Estado que generosamente reconheça e apoie, segundo o princípio de subsidiariedade, as iniciativas que nascem das diversas forças sociais e conjugam espontaneidade e proximidade aos homens carecidos de ajuda." – Carta Encíclica “Deus Caritas Est” do Papa Bento XVI

A este propósito julgo que se deve assinalar o seguinte:

1. A grande verdade é que o princípio da subsidiariedade começou a ser construído pela Igreja Católica, se não estou em erro em plena idade média.
2. Este post vem confirmar o que há muito penso: podemos ser, ou não, Crentes, mas não podemos desprezar ou minimizar a importância da Igeja Católica na formação da sociedade (porventura, civilização fosse melhor) portuguesa e europeia.
3. O que mais me impressiona não é o podermos qualificar este Papa como liberal, o que me impressiona é que este Papa (que não me parece que seja liberal) tenha sentido a necessidade de reafirmar, passados tantos anos (séculos) esta ideia tão básica.
Não deviamos já ter aprendido?

Prof. Adriano Moreira na Universidade de Aveiro

1 de Fevereiro - 21h00 - CUFC
Adriano Moreira no Fórum UniverSal

Numa co-organização entre o Centro Universitário Fé e Cultura e a Fundação João Jacinto de Magalhães, tem lugar no próximo dia 1 de Fevereiro mais um espaço de tertúlia «Fórum Universal». Desta vez, o convidado é Adriano Moreira, que vem falar sobre Cidadania, política e construção social/global. A iniciativa tem início marcado para as 21h00, no CUFC.

in UA Online 2006-01-30

Nota pessoal: é com muito gosto que o 200º post deste blog é relacionado com uma figura incontornável da politica nacional, e da direita em particular.

A mania do politicamente correcto dá nisto!

O Partido Popular espanhol vai desencadear uma ampla ofensiva parlamentar a exigir explicações ao Governo, depois de um líder político da Catalunha ter revelado publicamente que o chefe do executivo fumou no local de trabalho, violando a lei em vigor, que proíbe o consumo de tabaco em todos os locais de trabalho.

A polémica surgiu depois de um líder da Catalunha, Artur Mas, ter afirmado publicamente que as negociações com José Luis Rodríguez Zapatero, na sede do governo, sobre o novo estatuto catalão, foram acompanhadas por «muito café e tabaco».A nova lei em vigor desde 01 de Janeiro proíbe o consumo de tabaco em todos os locais de trabalho e em vários outros locais públicos, incluindo o Palácio do Governo, na Moncloa.O facto de Zapatero ser fumador tinha já merecido críticas de organizações de defesa de fumadores, incluindo o Clube de Fumadores de Tolerância, que atacou o que considerou ser a hipocrisia do executivo espanhol face à nova lei.Agora a porta-voz do sector da saúde do Partido Popular, Maria Dolores Pan, afirmou que o seu partido quer avançar com uma ampla ofensiva parlamentar, que incluirá moções, questões por escrito e pedidos de explicação ao governo.«A lei inclui todos os espaços da Moncloa. É um local de trabalho e ali a lei também é para se cumprir», afirmou.A Lei do Tabaco que entrou em vigor a 01 de Janeiro, proíbe o consumo de tabaco em locais públicos, de trabalho e em alguns de lazer, e limita também os pontos de venda do produto.

Um recorte..

Será útil ter uma direita liberal?

Acompanhei a campanha eleitoral para a Presidência da República desde o arranque das candidaturas. Fui vendo como o PS deixou cair as candidaturas com mais probabilidade de sucesso. E vi também o pavor do CDS em apresentar uma candidatura própria. De novo o receio de desapontar uma parte dos seus eleitores que queriam votar em Cavaco logo na primeira volta, como aliás fizeram.

Apesar da crise evidente, nenhum dos candidatos, nem o menos à esquerda, defendeu alterar a forma como nos organizamos colectivamente e as prioridades que defendemos.

Não houve quem trocasse votos da imobilidade por qualquer risco, mesmo pequeno, de assustar eleitores propondo-se patrocinar mudanças. Neste aspecto a campanha da esquerda foi muito eficaz, pois imobilizou qualquer desejo, mesmo que ténue, de Cavaco tentar quebrar alguma barreira. Apesar da crise estar identificada como sendo estrutural, com o que isso significa de riscos de desemprego e de ausência de perspectivas de emprego para os mais jovens, ninguém se arriscou a candidatar-se com uma proposta mais ousada. Teria sido possível?

Os especialistas das sondagens eleitorais dizem que Paulo Portas teria tido 7% ou 8% e forçado uma segunda volta, obrigando Cavaco a ter preocupações, e respostas, à sua direita. Aliás, mesmo sem candidatura própria, parece que 40% do eleitorado firme do CDS, 2% de um total de 5%, terão votado Alegre. Se tivessem sido mais, teria havido segunda volta. Uma candidatura liberal teria influenciado quer o posicionamento de Cavaco quer a criação das expectativas face às quais se decidirá a sua reeleição e a sua actuação na Presidência. E teria permitido a expressão das correntes de opinião necessárias à mudança no rumo da governação.

Assim, o que acontecerá nestes próximos três anos sem eleições? Fine-tuning do ruinoso sistema existente; crescimento insustentável dos impostos e pequenas alterações nas despesas cada vez mais concentradas em salários e pensões; e tributação de tudo o que já existe, matando por asfixia e taxa zero para atrair investimento directo estrangeiro, mesmo que transitório e de pouco valor acrescentado, e alguns investimentos nacionais de maior dimensão.

Do lado patronal, a incapacidade de estabelecer uma plataforma de acção e de reivindicação de condições minimamente favoráveis ao lançamento de novas actividades e à reconversão muito rápida das actividades crescentemente desactualizadas e do lado sindical, pese embora a diminuição acentuada da representatividade no sector produtivo, continuará a política cega de defesa do statu quo do sector público.

Caem assim grandes responsabilidades sobre o CDS e sobre o que exista de mais liberal e menos social-democrata dentro do PSD. Afinal, o problema de Portugal é sobretudo político e radica na incapacidade de as forças políticas existentes regenerarem o sistema e o País. C

Pedro Ferraz da Costa
Empresário

DN 2006-01-30

[via Neo-Liberalismo]

Aveiro mais uma vez na vanguarda...

Novas licenciaturas prontas em Setembro só em Aveiro
Processo de bolonha
Nova legislação permite reconversão de licenciaturas no próximo ano lectivo Psicologia deverá ser o único curso com novos moldes em todo o país, já em 2006/07 (seguir link para ver noticía completa)

JN 2006-01-30

sábado, janeiro 28, 2006

Aguas turbas II

O último post que publiquei sobre esta matéria é o espelho da reacção dos privados relativamente á não privatização do sector das aguas:

"Os privados ainda são vistos como bichos que mordem" Diogo Vaz Guedes - Presidente da Somague

"Um monopolio prejudica sempre os consumidores" João Levy - Presidente da EEPSA

"A privatização devia ser uma prioridade" António Mota - Presidente da Mota-Engil

in Diário Económico (sem link)

sexta-feira, janeiro 27, 2006

A Ler


A propósito deste texto da Constança Cunha e Sá:
Não me parece que a direita tenha rejubilado com a eleição de Cavaco. A direita, realista, limitou-se a ficar contente q.b. com a eleição de Cavaco, pois esta significou mais um passo no longo caminho de afastamento da esquerda. Ninguém na direita está à espera que, de um dia para o outro, o país mude e surjam candidatos eleitos capazes de entusiasmar os ortodoxos. Cavaco era o que de mais aproximado da direita havia para concorrer (com hipóteses de ganhar) nestas eleições. E isso foi o bastante para que tivesse o seu apoio. O caminho faz-se passo a passo. Da esquerda para a direita é inevitável uma paragem ao centro. Vamos ver é por quanto tempo.Tal como José Sócrates, Cavaco está ao centro. Procura distância das ideologias - que, aliás, despreza – e joga pelo seguro, afirmando-se em tom solene pelo “desenvolvimento”, pela “qualificação das pessoas”, contra “a estagnação” e contra “o desemprego”, como se houvesse alguém a defender o contrário. Mas passar a ouvir estas frivolidades em vez da constante evocação de fantasmas do passado é já um belo avanço.Com o bloco central a mandar, não há duvida que a direita tem espaço para crescer. Sempre que a esquerda sobe ao poder, tirá-la de lá torna-se a principal preocupação do eleitorado potencialmente de direita. Como tem sido o centro (PSD e quejandos) a ter melhores hipóteses de ganhar à esquerda, tem sido no centro que esse eleitorado tem votado de forma mais expressiva. Agora, com a social-democracia de Sócrates e Cavaco em alta, a história pode ser diferente. Já não haverá tanto a preocupação de apostar em males menores, uma vez que os males menores já lá estão. Haverá, pois, alguma calma para poder votar a favor, naquilo que de facto se quer.Ainda faltam muitos anos para que alguém de direita - intrinsecamente de direita - ganhe umas eleições neste país. A direita é minoritária. (Mas está certa). O seu objectivo, para já, deve ser crescer. Crescer de modo sustentado até ter peso suficiente para, pelo menos, influenciar o rumo das principais políticas. O ponto de partida é muito baixo. Difícil será não subir.É obvio que esse crescimento não pode ser tentado (apenas) à margem dos partidos. Isso é uma fantasia. O problema é que entre as prioridades da maioria das pessoas de direita não constam os partidos. A direita gosta de ganhar dinheiro e por isso dedica-se a outras empreitadas. Mas se as suas ideias crescerem, crescerá proporcionalmente o número daqueles com disponibilidade para a causa pública. E entretanto, enquanto esses não aparecem em quantidade suficiente para tomar os partidos de assalto, sempre se vai podendo fazer qualquer coisa a partir de fora.O liberalismo mitigado deve ser a aposta da direita para os próximos anos. Em Portugal, país onde o Estado continua a ter uma presença asfixiante em quase todas as áreas, não é ideologicamente complicado a um direitista ser liberal. Mesmo os mais puros conservadores se tornam de bom grado liberais. Há muito pouco para preservar. Há muito para liberalizar. Não se trata de querer privatizar tudo e mais alguma coisa, de acabar com a segurança social e com o sistema nacional de saúde, ou de outros niilismos megalómanos. Trata-se, tão-somente, de repor algum bom senso na coisa pública. Depois de alcançado esse objectivo, depois de reduzido o Estado às suas tarefas fundamentais, depois de as políticas essencialmente de direita passarem a ser prática comum, depois de tudo isso, poderemos, então, voltar a ser conservadores. Conservadores-liberais, bem entendido.

Socialismo Liberal !?

O PM José Socrates veio hoje apresentar um pacote de medidas para diminuir a burocracia do Estado na Assembleia da República. Todas elas obvias, como muito a propósito disse o deputado do CDS-PP Pires de Lima.

Mas o PM afirmou também querer incentivar o investimento privado. Por outro lado, o líder do PSD veio defender (e bem!) mais uma vez a diminuição do peso de Estado na Economia. E todos concordam, porque também é obvio.

Nesse caso, pergunto eu, no esplendor da minha inocência, se todos concordam que o Estado tem burocracia a mais, está demasiado presente na economia, é um motor da ineficiência nacional, então porque é que nada é nem foi feito para definitivamente alterar o estado das coisas? Porque é que nenhuma medida estrutural é apresentada, com o consenso dos partidos democráticos (leia-se CDS, PSD e PS) para de uma vez por todas libertar o País e a economia da camisa de forças imposta pelo monstro?

Eu defendo o liberalismo, seja "neo" ou não, e como eu há muitos mais, como pude comprovar na tertúlia dos blasfémios. E não pretendo afirmar que sou eu ou tantos outros os iluminados, apenas que é o caminho que todos consideram óbvio, mas que ninguém parece ter coragem de seguir.

No entanto, quando comecei a escrever este post (os blogs têm destas coisas) a minha intenção não era exaltar (mais uma vez) as vantagens claras do liberalismo e as consequencias da falta dele para o País. Eu queria focar um aspecto em particular: o Eng. José Socrates. E queria apresentar algumas perguntas/provocações...

1. Se o Eng. José Socrates é socialista, porque implementa medidas liberais (ainda que medidas menores)?
2. Se o Eng. José Socrates foi eleito como sec. geral do partido socialista e este nao é claramente um partido liberal em termos de política económica, porque defende estes princípios?
3. Havendo esta incoerencia política, será que Socrates tem a legitimidade democrática decorrente do voto dos portugueses no PS para governar?
4. Se a democracia serve para eleger pessoas que defendem diminuição de impostos na campanha, que depois aumentam quando no governo e por fim defendem políticas claramente pro-liberais, então para que serve a democracia tal como está?
5. Saberão os eleitores do PS a diferença entre socialismo (mesmo que o tal "moderno") de liberalismo?
6. Porque temos um PM socialista, apoiado por socialistas claramente de esquerda, que ataca as sugestões daqueles que são e sempre foram liberais em termos económicos?
7. Se o liberalismo é consensual em termos genéricos, porque o CDS-PP tido como um partido incapaz de governar sozinho o País?
8. Se o liberalismo é tido como a solução para a economia do País, porque motivo os políticos insistem em por o interesse partidário à frente dos superiores interesses nacionais?
9. Porque é que há o Partido Comunista a defender políticas do secXIX ?
10. Porque é que não começamos já a dieta do monstro?
11. ______________________________(agora é a vossa vez de contribuir...)

Eixo do mal-parte II

Com a vitória do Hamas na Palestina, e com o discurso do Estado da União por estes dias, não me surpreenderia que o Presidente dos Estados Unidos apresentasse ao mundo o renovado eixo do mal.
No original, este eixo resumia-se a Iraque, Irão e Coreia do Norte. Presumo que o Iraque seja excluido agora, não porque a situação no Iraque seja a melhor, mas porque é incomportável para os E.U.A. não passar uma mensagem de "job well done" em relação ao Iraque, sobretudo depois das eleições iraquianas terem passado de forma pacifica e sem grandes convulsões, mesmo depois de anunciados os resultados.
Olhando para os ultimos desenvolvimentos, o novo eixo do mal parece alargar-se nos seus membros, e duvido que a Palestina não seja incluida agora também.
A situação no Médio Oriente tem vindo a deteriorar-se, e mesmo se a democracia começa a vingar na região, esta está ainda muito vinculada à religião e aos grupos armados da região, e por isso não produz os resultados que no Ocidente desejaríamos, mas reflecte o estado actual das sociedades desses países, onde a pobreza e os maus-tratos são a regra, e em que os direitos humanos são um conceito limitado e longe daquilo que é o nosso entendimento.
O novo eixo do mal é portanto, no meu entendimento, a consequência da maneira como se tem desenvolvido a política externa dos E.U.A. e da U.E., e para além de Coreia do Norte e Irão vai agora incluir Siria e Palestina nessa lista de regimes a eliminar.
Creio que já é altura de percebermos que uma política externa iminentemente bélica e centrada nos interesses dos E.U.A. e U.E. não resulta, e que se queremos paz, desenvolvimento e estabilidade noutras regiões do mundo não basta dizê-lo, há-que fazê-lo, de forma séria, consistente e honesta, e respondendo aos anseios das pessoas nessas regiões para que não haja novos Hamas a ganharem eleições noutros países.

quinta-feira, janeiro 26, 2006

Palestina

A dúvida
Será que a comunidade internacional, que há meia dúzia de anos ostracizou a Áustria e o goveno de Viena quando, em eleições democráticas, o partido do senhor Haider chegou ao poder - vai-se comportar da mesma maneira perante a autoridade palestiniana, agora que os terroristas do Hamas chegaram ao poder?


via Politika Pura

Aguas turbas

Segundo o Diário Económico de hoje o governo não vai privatizar o sector das águas porque “não é conveniente socialmente e é desnecessário financeiramente”.

Quanto ao primeiro argumento, convém saber o que é isso do conveniente socialmente, o Ministro do Ambiente não explica, e o jornalista também não pergunta. No entanto quer-me parecer que mais uma vez é a aversão socialista aos privados e à redução do peso do estado na economia. Tanto mais grave, quando uma resolução anterior do Conselho de Ministros de 2004, justificava a escolha desse modelo depois de “vários estudos” que indicavam ser a melhor opção para o sector.

Mais uma vez, nunca se sabe o que se quer para Portugal, encomenda-se os estudos, decide-se e depois um Ministro lembra-se que afinal o que foi decidido não é socialmente conveniente. Será que a eficiência não é conveniente? Será que todo o modelo de captação, distribuição e tratamento de águas tem de ser 100% detido pelo estado? A mim não me convencem!

Expliquem-me lá porque é que a Aguas de Portugal tem de ter uma participada – AdP Formação – que teve 1640 formandos no último ano e tem de continuar pública?

E então a “Adp Serviços” cujo objectivo é prestar acessória em marketing, contabilidade, engenharia, jurídico-legal. E já agora as operações internacionais, também têm de ser unicamente de capital público?

Referir a quantidade de sectores da AdP que poderiam e deveriam ser privatizados sem sequer qualquer estudo sobre o modelo estratégico para o sector é puro bom senso, são 55 as empresas que constituem a holding, e que o Ministro recusa abrir a capitais privados.

Quanto às necessidades de financiamento para a satisfação das necessidades de infra-estrutura “Vamos recorrer ao crédito bancário”.

Nada mais simples.

Boas Noticias?

IKEA em Aveiro ? IKEA equaciona nova fábrica em Aveiro A nova fábrica de mobiliário do grupo sueco IKEA pode vir a ser instalada em Aveiro, representando um investimento de 32 milhões de euros e 220 postos de trabalho, contudo é apenas uma das vinte localizações possíveis até Valença, enquanto a decisão final ainda não está tomada. Segundo o director geral da Ikea Ibérica, André de Wit, «há 20 localizações possíveis, entre Aveiro e Valença».A opção da multinacional será tomada até Junho, apurou o Diário de Aveiro, depois do memorando de entendimento assinado este mês entre a empresa e a Agência Portuguesa para o Investimento, respeitante aos próximos investimentos do grupo sueco em Portugal.Segundo uma nota da Agência Portuguesa para o Investimento (API), a unidade fabril Swedwood na zona norte de Portugal, «terá como objectivo a produção de mobiliário destinado ao mercado de exportação, nomeadamente o fornecimento da cadeia de lojas do grupo na Península Ibérica e Bacia Mediterrânica». Para a escolha do nosso país na localização da nova unidade fabril, a API, como promotora do investimento da empresa em Portugal, refere a prestação de apoios à formação profissional e benefícios fiscais por um período de dez anos «em função da rentabilidade da fábrica», segundo o presidente Basílio Horta.No memorando é manifestada a intenção de um investimento de 450 milhões de euros até 2010, o qual envolve áreas comerciais e industriais, numa primeira fase de expansão, ao longo dos próximos 4 anos, criando «mais de 1.650 postos de trabalho directos e qualificados, para além de um número relevante de empregos indirectos». O investimento global integra a instalação de uma unidade fabril, a construção de 3 novas lojas IKEA, para além da já existente IKEA de Alfragide; uma das quais, em Matosinhos que abrirá as portas em 2007. Até 2010 deverá construir dois centros comerciais, um deles ligado à loja de Matosinhos, e um segundo agregado a uma das futuras lojas IKEA de Lisboa.Numa segunda fase, até 2015, a IKEA contempla a abertura de mais 2 lojas, o que supõe um investimento adicional de 100 ME e a criação de um mínimo de 1000 novos postos de trabalho. A IKEA está presente em Portugal desde 1974, com um escritório de compras, em Leça da Palmeira. Os produtos são comercializados em em 220 lojas em 33 países.in Diario de Aveiro 2006-01-25

Via Neo-Liberalismo

[Diogo Duarte Campos]

Pensamento solto...livre...liberal..

Admito que todos os recentes aumentos têm cada vez mais levantado a questão da relevância dos impostos, mas eu já ha muito tempo que tenho algumas dúvidas.

Se o consumo, seja ele directo ou através de crédito - o endividamento privado não é um problema em termos globais, é um problema de cada consumidor que deve ser racional -, é benéfico e tem um efeito positivo na economia e na riqueza criada, nomeadamente incentivando o investimento, seja ele estrangeiro ou não.

Se os impostos são uma forma do Estado "manusear" a sociedade, carregando fiscalmente nos produtos ou serviços que de alguma forma prejudicam a economia, o ambiente, ou qualquer outro direito dos cidadãos; ou mesmo se por outro lado, é uma forma de redistribuir os rendimentos através de uma política extraordináriamente discutível.

Se há produtos e serviços que são sobrecarregados com vários e multiplos impostos ao mesmo tempo, contrariando toda a intenção dos legisladores e da sociedade, subvertendo a intenção de aumentar o bem-estar geral, defendendo os interesses dos cidadãos.

Se há impostos que são tão complexos e tão elevados que muitos preferem tentar fugir ao fisco, depois de ponderarem numa análise custo-benefício, que ficam melhor se fugirem, que vale a pena arriscar.

Se os impostos são a única política que resta ao Estado (politica orçamental ou fiscal, são praticamente a mesma) e o interesse manisfestado pelo Governo é incentivar a economia, relança-la, de forma a incentivar o crescimento, o investimento, o consumo, diminuir o desemprego, e aumento o bem-estar da população.

Se a falta de produção de bens de valor acrescentado é precisamente um dos problemas apontados da nossa economia.

Eu pergunto:

Para que serve o IVA?


Carlos Martins

Mais um excelente post no Blasfémias

Muitos comentadores têm salientado o lado positivo da vitória do Hamas nas eleições palestinianas, argumentando que é preferível ter o Hamas do lado da política do que do lado da guerrilha. O Hamas, no poder, seria obrigado a moderar-se.Talvez. Até lá, recomenda-se a leitura do Hamas Covenant.Extractos selecionados:

"Israel will exist and will continue to exist until Islam will obliterate it, just as it obliterated others before it.""The Islamic Resistance Movement believes that the land of Palestine is an Islamic Waqf consecrated for future Moslem generations until Judgement Day. It, or any part of it, should not be squandered: it, or any part of it, should not be given up.""The Movement is but one squadron that should be supported by more and more squadrons from this vast Arab and Islamic world, until the enemy is vanquished and Allah's victory is realised.""The Islamic Resistance Movement aspires to the realisation of Allah's promise, no matter how long that should take. The Prophet, Allah bless him and grant him salvation, has said: 'The Day of Judgement will not come about until Moslems fight the Jews (killing the Jews), when the Jew will hide behind stones and trees.'""Initiatives, and so-called peaceful solutions and international conferences, are in contradiction to the principles of the Islamic Resistance Movement. Abusing any part of Palestine is abuse directed against part of religion. Nationalism of the Islamic Resistance Movement is part of its religion.""There is no solution for the Palestinian question except through Jihad. Initiatives, proposals and international conferences are all a waste of time and vain endeavors.""After Palestine, the Zionists aspire to expand from the Nile to the Euphrates. When they will have digested the region they overtook, they will aspire to further expansion, and so on. Their plan is embodied in the "Protocols of the Elders of Zion", and their present conduct is the best proof of what we are saying.""The day the Palestine Liberation Organization adopts Islam as its way of life, we will become its soldiers, and fuel for its fire that will burn the enemies.""Under the wing of Islam, it is possible for the followers of the three religions - Islam, Christianity and Judaism - to coexist in peace and quiet with each other. Peace and quiet would not be possible except under the wing of Islam. Past and present history are the best witness to that."

Como pode Israel negociar com quem pensa, escreve e pratica o que se escreve acima? Talvez esteja na altura de chamar o Dr. Mário Soares, recentemente liberto de outras obrigações, para iniciar as conversações.

[Diogo Duarte Campos]

A falência do PS

Nos ultimos 4 meses assistimos a algo impensável há pouco menos de um ano, o PS está em queda completa e total!
Não só perdeu as autárquicas, as Presidenciais, como também podemos estar agradecidos porque até o "rebelde" Alegre demonstrou quão fraco é este PS.
Julgo que é altura do centro-direita e da direita unirem esforços e apresentarem ao país uma alternativa séria e credível a este PS que em menos de um ano fez regredir Portugal, aumentou o desemprego, e baixou todos os indicadores de desenvolvimento económico do país.
Para vencermos em 2009 há-que começar já a trabalhar e a ir para o terreno. Não podemos deixar passar esta oportunidade para crescermos enquanto alternativa, até porque Portugal precisa de nós, já!

Boas notícias pela manhã

LOUÇÃ PODERÁ PEDIR EMPRÉSTIMOA candidatura de Francisco Louçã poderá recorrer a um empréstimo bancário ou a uma nova angariação de fundos entre os militantes do Bloco de Esquerda para pagar os custos da campanha eleitoral. Isto porque a subvenção pública que o Estado deverá atribuir à candidatura fica aquém das expectativas. No orçamento entregue no Tribunal Constitucional, a candidatura esperava receber 425 mil euros de subsídio, no entanto, feitas as contas, Francisco Louçã deverá receber cerca de 318 mil euros. Confrontada com a discrepância de valores, a candidatura afirmou ao CM que, caso seja necessário, recorrerá a um ?empréstimo bancário?.

Via A Arte da Fuga

quarta-feira, janeiro 25, 2006

Sempre gostaria de saber a opinião do PC e do BE

O ministro alemão da Economia, Michael Glos, lançou hoje um apelo à União Europeia para que negue ajudas financeiras às empresas que queiram deslocalizar as suas instalações dentro do espaço comunitário.
"As ajudas têm de ser recusadas quando um grande projecto de deslocalização leva à perda de empregos numa outra região da UE", escreveu o conservador Glos ao seu homólogo austríaco, cujo país preside actualmente à UE.Os "grandes projectos" seriam - segundo o ministro alemão - os superiores a 25 milhões de euros, que também deveriam ser objecto de um controlo pela Comissão Europeia.A Alemanha já sugeriu por várias vezes reduções das ajudas europeias aos países que praticam aquilo que Berlim classifica como "'dumping' social ou fiscal".Os países da Europa de Leste que entraram recentemente para a UE parecem ser o alvo das críticas do ministro alemão, porque têm beneficiado de várias deslocalizações de fábricas que se encontravam nos países da Europa ocidental.O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, já contestou a proposta do ministro alemão, argumentando que a deslocalização de uma empresa dentro do espaço comunitário "é um mal menor". Em relação às empresas que abandonem o espaço da União Europeia, Durão Barroso assegurou que, a partir de 2007, terão de restituir a totalidade do financiamento comunitário se quiserem sair antes de um período de sete anos.


Via Blasfémias

terça-feira, janeiro 24, 2006

A JP também da Paz Cristã

Durante os últimos dias o ciberespaço esteve particularmente activo em volta de uma questão que penso ter sido exponenciada a níveis inimagináveis sem a consequente importância absoluta.

Aveiro é uma cidade e uma região acolhedora, assim como todos os que cá chegam e vêm por bem são tratados com igual cortesia e devido respeito.

De facto, uma pessoa em particular tem sido visada no ciberespaço pelo facto de ter sido nomeada pela CPN da JP para fazer a ligação institucional com as concelhias e cpd do distrito. Penso ser perfeitamente natural e aceitável a discussão existente acerca da decisão tomada, se restrita ao campo político.

Não obstante, claros exageros foram cometidos de todas as partes. O episódio atesta, por um lado, a dedicação da pessoas de Aveiro à JP e, por outro, da importância que este distrito têm no panorama nacional; mas que todavia tomou proporções perfeitamente desmesuradas, o que não foi de todo a intenção, julgo eu.

Quanto a mim, pessoalmente, continuarei com a minha postura, de coerencia mas sempre pacifista e de diplomacia extrema. Receberei quem vier, se vier com o intuito de todos que cá estão, que é ajudar a fazer Portugal, em particular Aveiro, melhor, através de uma JP forte e esclarecida, cujos naturais conflitos saiba sanar a contempo. Estarei aqui sempre disponível para ajudar sem interesses pessoais ou profissionais quando estou na minha actividade política. Estarei aqui sempre que me for pedido, estarei aqui enquanto for bem-vindo e querido pela JP, estarei aqui enquanto for útil. Mas estarei aqui também sempre que algo não correr bem e sempre que tiver algo a dizer, com a liberdade de sempre que ninguem me concede ou tira, com a convicção de sempre que ninguem me dita ou impõe, com a disponibilidade de sempre que ninguem me exige porque é total.

Eu perdi o congresso nacional, a nova comissão política nacional foi eleita com toda a legitimidade estatutária inerente de um congresso. E eu não estou contra as pessoas da CPN, porque são elas que (bem ou mal) formam a CPN da Juventude Popular à qual pertenço e na qual acredito. Nada tenho de pessoal contra qualquer uma delas. Até porque não conheço pessoalmente a esmagadora maioria. Posso ter divergências políticas. Nada de mais normal em democracia. Mas pessoalmente estou aberto (como sempre estive) a dialogar. É por isso que estou ansioso pelo próximo dia 18 de Fevereiro, porque é uma oportunidade de ter algum contacto mais próximo com a muitas vezes distante CPN. E é sempre uma honra receber no distrito baluarte da democracia cristã em Portugal um excelentíssimo membro da CPN da JP. Digo-o sem qualquer tipo de ironia, bem se entenda.

Considero portanto, como deve ser alias, dia 18 de Fevereiro o dia zero no relacionamento pessoal e político com o digníssimo representante da CPN para o distrito de Aveiro.

Sem mais polémica, sem mais discussões vazias de interesse, sem mais criação de antagonismos nefastos para a JP.

Espero muito sinceramente um dia poder olhar para trás e ver o quão ridículo tudo isto foi. Quer me parecer que há uma guerra fria latente internamente, simplesmente à espera que haja algum incidente para implodir. Não serei eu o causador dessa implosão porque, como muitos saberão, prezo e zelo pela paz e pelo dialogo. Mesmo que tal signifique menos protagonismo. Não é o que procuro. Sempre pelo interesse superior da JP, sempre ao serviço do que acredito.


Carlos Martins

Comunicado da JP sobre presidenciais

Só queria ver esclarecido um pequeno ponto:

Se no conselho nacional de estremoz ficou decidido por maioria que a JP nao iria apoiar nenhum dos candidatos e que seria feita uma campanha para mostrar porquê a JP não poderia apoiar nenhum dos candidatos, eu pergunto então onde está a declaração de derrota no site da JP, dado que nem foi demonstrado porque não apoiamos nenhum dos candidatos nem tão pouco ganhou nenhum candidato apoiado pela JP.

Falta de coerência, falta de coragem, falta de respeito pelos que votaram conscientemente (?) na deliberação do conselho nacional de estremoz!

Eu queria de facto uma JP diferente, que debatesse ideias, mas que aplicasse as deliberações dos militantes, servindo a JP e a vontade de quem dela faz parte e lhe serve todos os dias em vez de proferir declarações demagógicas e vazias, mas o congresso foi e é soberano, e eu respeito.

segunda-feira, janeiro 23, 2006

A Ler

"O CANDIDATO DA DIREITA": Este espantalho do "candidato da direita" que foi bramido por todos os candidatos de esquerda como que anunciando o Diabo é talvez um dos piores sintomas da nossa democracia, sendo revelador do nosso atraso relativamente a países mais desenvolvidos. Para poupar tempo, vou transcrever alguns excertos da entrevista com o economista brasileiro Paulo Guedes, publicada no último número da Veja. O entrevistado define-se como um economista liberal mas que não se coibe de citar Marx para apontar o mega Estado como a maior fonte de despesismo e corrupção. E consegue transmitir em termos generalistas o que, em minha opinião, deveria ser uma alternativa "esquerda/direita" moderna, a qual deveria ser assumida pelos nossos maiores partidos cujas políticas, infelizmente, se confundem em nome da caça ao voto e da tentativa de se perpetuarem no poder, uma vez este alcançado:"Esquerda e direita são rótulos que ainda subsistem em países atrasados, entre os quais eu incluo o Brasil. Nos desenvolvidos, as duas forças hegemónicas são a social-democracia e a liberal-democracia. O socialismo é uma utopia que se tornou irresistível para os intelectuais, apesar de ser um equívoco intelectual completo." (...)"A alternância desejável é entre a social-democracia e a liberal-democracia. É o liberal-democrata de um lado, o social-democrata de outro, um com mais ênfase na criação de riqueza, o outro com mais ênfase na redistribuição. Mas nenhum dos dois pretendendo desorganizar o sistema de mercado que levou 2500 anos para ser construído."

Desabafo

Ontem votei Cavaco.

À saida das urnas estavam a fazer uma sondagem: votei Alegre.

Duas vezes Cavaco no mesmo dia é pedir de mais.

Lá estaremos


Café Blasfémias: em Aveiro
Passadas as emoções das eleições presidenciais, será tempo de regressar aos temas verdadeiramente importantes.
Assim, já na próxima terça-feira, retomamos o espaço de debate, aberto e livre do «Café Blasfémias», desta vez na cidade de Aveiro.O tema será «O Debate Liberal e a Blogosfera», e terá lugar no dia 24 de Janeiro, pelas 21.30 Horas, no Café Bar do Teatro Aveirense.(ver localização aqui)Estão todos convidados, não é preciso inscrição, apareçam e participem.

A Ler

2016

O Jacinto tem razão. Temos, pela primeira vez, um Presidente não tendencioso em Belém. Como diz, e muito bem, M. J. Nogueira Pinto: um homem da não-esquerda. E esta vitória é ainda sinal de outra coisa: temos 10 anos para preparar um candidato verdadeiramente de direita ou à direita. Uma década. 10 anos de luta política, mas sobretudo de combate cultural. Temos 10 anos para criar um movimento conservador, liberal e democrata-cristão, ou seja, temos 10 anos para colocar as direitas no mapa de Portugal. Sem vergonha. Mordendo os calcanhares a um país que tem na cabeça toda a tralha produzida pela esquerda nas últimas décadas. Não se trata de um plano de hegemonia. Trata-se, apenas, de equilibrar o país. Não somos uma democracia pluralista. Não há direitas. A "Direita" que hoje vence é um social-democrata. Temos 10 anos para mudar isso. Cavaco não é de direita, mas não travará um movimento de direita ou de direitas. Pode secar um PSD que é igual ao PS, mas não pode travar um movimento à direita. Isto é ainda mais importante porque, hoje, começa também uma vida nova para a esquerda (PS) portuguesa.

[Henrique Raposo]

PS: aos 37 anos, votarei com convicção. Estou farto de fazer cruzes em mal menores.

sábado, janeiro 21, 2006

Hoje vou votar!

Hoje, de manhã cedo, vou exercer o meu dever/direito enquanto cidadão do meu país, e vou votar!
Vou escolher, em liberdade, por voto secreto em urna fechada (ao contrário de certos "democratas" da JP que acham que o bonito é votar de braço no ar...) e vou escolher, com os meus concidadãos e as minhas concidadãs, o próximo Presidente da República.
Nunca escondi que ia, e vou, votar no Prof. Cavaco Silva, e espero que ganhe à primeira, com uma diferença na casa dos 40% para o segundo mais votado para que a esquerda perceba de uma vez por todas que não é dona de Portugal.
Hoje é um dia bonito porque vou votar, e com o meu voto vou ajudar a determinar o rumo do meu país, e por consequência uma boa parte do meu futuro, e vou fazê-lo sem perseguições, ameaças ou sem ser coagido a fazê-lo. Eu posso votar em liberdade, mas espero que um dia, neste mundo que é o nosso, todos possam decidir, como eu, o seu futuro, o futuro do seu país!
Hoje vou votar!

Deliberações da CPN

Ligações da CPN da JP a distritos e áreas geográficas:

Aveiro: Filipa Correia Pinto

Qual a sua ligação a Aveiro? Será que sequer conhece o distrito ?

Não ponho em causa possíveis ligações de amizade com alguns membros da CPD de Aveiro que respeito e admiro, mas será que chega? Qual a sua ligação ao distrito de Aveiro?

Quando instado a ponderar quanto ás capacidade relacionais deste membro da CPN, lembro-me de tentar estabelecer um dialogo com este membro da CPN da JP em Conselho Nacional último de forma a trocar ideias e discutir construtivamente o caderno fiscal (para, como se recordam, não prolongar em demasia aquele Conselho Nacional antes de jantar), e como não um proeminente membro de nenhuma CPN nem ilustre cidadão da área de Lisboa ou Porto, parece que não sou suficientemente bom para ser ouvido, nem tenho capacidade ou competencia para discutir tais pontos, e como tal não fui merecedor da sua atenção. Como muita pena minha, embora me tenha esforçado nesse sentido, e em prejuizo da própria qualidade do caderno. Espero que a atitude mude face à necessidade da nomeação.

Espero tambem que agora, como nomeada delegada da CPN para o distrito de Aveiro, possa pelo menos saber quem é o presidente da CPC de Aveiro, e será com todo o gosto que a receberei na minha cidade, se algum dia cá vier...

Vou ficar particularmente atento à evolução desta deliberação. Cabe ao responsável demonstrar como estou errado...

Carlos Martins
Presidente da CPC de Aveiro da JP
Membro da Assembleia Municipal de Aveiro

sexta-feira, janeiro 20, 2006

A ler

Gostava que houvesse um candidato que defendesse uma profunda reforma do Estado em forma de lipoaspiração. Mas não há.

Gostava que houvesse um candidato que assumisse que o controlo do Estado sobre a economia tem que acabar, porque isso limita profundamente a indispensável liberdade política. Mas não há.

Gostava que houvesse um candidato que “investigasse” a má gestão, o desperdício e a indisciplina do Estado com profunda e verdadeira objecção de princípio. Mas não há.

Gostava que houvesse um candidato que analisasse a folha de impostos das famílias portuguesas e sentisse um sufocante peso nos ombros (tal como as famílias sentem), daqueles que nos enterram até à cabeça. Mas não há.

Gostava que houvesse um candidato que visse nas empresas o motor do desenvolvimento, na política fiscal a gasolina de que o motor precisa e na iniciativa privada o caminho do progresso. Mas não há.

Gostava que houvesse um candidato que não contemplasse a lei laboral que temos e ficasse satisfeito, não sentindo o travão que esta lei “ainda” é para o desenvolvimento do País. Mas não há.

Gostava que houvesse um candidato que colocasse a Constituição Portuguesa numa prateleira de museu, que percebesse que esta Constituição é factor de atraso, é do passado, é má herança. Mas não há.

Gostava que houvesse um candidato que olhasse para o lado e visse o mundo. Mas não há.

Gostava que houvesse um candidato que, acima de tudo, acreditasse na liberdade individual e nos direitos humanos, em sociedades e economias abertas e na cooperação global. Mas não há.

Gostava de não ter que me sujeitar, no próximo domingo, ao “mal menor”. Mas tenho!

[Diogo Duarte Campos]

No comments


Via email.

Aveiro - Rotunda da Policlínica

aveiro Rotunda acidentada
PSP registou 33 acidentes em pouco mais de um mês na EN 109 Polícia diz que os condutores não estão habituados a uma praça tão rápida

por João Paulo Costa

Amais recente rotunda de Aveiro, na Estrada Nacional 109 (EN109) está a transformar-se num "abono" para as oficinas da cidade. Diariamente ocorrem acidentes. Não há registo de feridos graves, mas as colisões provocam engarrafamentos e receio entre os automobilistas. Concluída há pouco mais de um mês, a rotunda já entrou 33 vezes nas folhas de ocorrências da Polícia. Um número que fica aquém da realidade, visto que muitos outros acidentes foram resolvidos com recurso à declaração amigável, sem interferência da PSP.

O comissário Sérgio Loureiro, da PSP de Aveiro, confirma que a rotunda é uma zona de acumulação de acidentes, avançando algumas explicações. "É uma rotunda rápida, como não havia na cidade, as pessoas não estão habituadas, havendo ainda alguma confusão entre os automobilistas, muitos dos quais parecem não saber como circular no local".

O responsável da Polícia recorda que a faixa da direita deve ser usada por quem entra na rotunda para sair na primeira cortada, devendo a faixa do meio ser a escolhida pelos automobilistas que pretendam sair nas seguintes. "É por não cumprirem esta regra que a maioria dos acidentes acontece, colisões laterais provocadas pelas mudanças de direcção", revela Sérgio Loureiro, que defende a possibilidade de reduzir de três para duas as faixas de rodagem.

O comissário confirma haver registo na PSP de 33 colisões, mas admite que há muitas outras que foram ultrapassadas sem a presença da polícia.

Mesmo que no local, durante parte do dia, estejam elementos da PSP. "Estamos lá porque há muitos acidentes e a presença da polícia leva os condutores a reduzirem a velocidade. Além disso, como é um dos principais acessos à cidade, constitui um excelente local para controlarmos outras situações".

A PSP, para já, não vai sugerir à Estradas de Portugal (EP) qualquer alteração. "A sinalização está bem colocada, há bandas sonoras, e, nos últimos dias, houve uma redução de acidentes", adiantou o comissário. Uma opinião corroborada pela EP. Fonte da empresa revelou, ao JN, que não está prevista qualquer alteração na rotunda.

in JN 2006-01-20

quinta-feira, janeiro 19, 2006

Respondendo à duvida no comentário do Post anterior...



Gabinete do Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior
CURRICULUM VITAE

José Mariano Rebelo Pires Gago


O Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, José Mariano Gago, nasceu em 1948, formou-se em Física e é Professor Catedrático do Instituto Superior Técnico (IST).

(...)

MIT

O MIT é com toda a certeza uma das mais conceituadas Universidades, ademais, conhecida por uma longa tradição de interacção com a denominada sociedade civil e com as empresas, exactamente uma das falhas (em geral) do mundo universitário português.

Só por isso as acusações e interrogações do ex responsável pelo plano tecnológico não são graves, são gravíssimas, direi mesmo que as mesmas a serem verdade consubstanciarão um "crime de lesa país".

A estas acusações reagiu o Senhor Primeiro-ministro de uma forma exaltada, ao melhor estilo de virgem ofendida (que, na verdade, de pudica tem muitíssimo pouco). Aliás José Sócrates há muito que nos habituou a este estilo: quem o critica ou ousa pensar de forma diferente leva o Senhor Primeiro-ministro a perder a cabeça, a fazer crer que a sua honra foi atacada, no fundo o Senhor Primeiro-Ministro tem dificuldade em distinguir questões pessoais com questões políticas.


Porém, como é próprio do Homem, geralmente quando alguém se exalta é porque tem pouca razão, quando se responde torto é porque se quer esconder algo, e quando se tenta menorizar o interlocutor (que passou de genial a mero funcionário público) é porque se tem medo do que este sabe e pode dizer, é porque se tenta, à falta de argumentos, descredibilizar eventuais declarações do mesmo.

Este género de discurso é feio, este género de argumentação é não convence, no fundo este género de actuação é própria dos políticos trauliteiros que os aparelhos partidários criam.

Mas, como dizia o slogan do CDS/PP para as autárquicas

“Eu não tenho culpa, eu não votei PS”

Por último, que a opinião pública não se esqueça e exija saber:

a) Qual é o investimento previsto do MIT;
b) É este investimento fundamental para Portugal;
c) Qual o Ministro que não quer este investimento;Porquê? São razões pessoais?

quarta-feira, janeiro 18, 2006

Ponto de viragem!

O próximo Domingo pode vir a ser um dia histórico na história contemporânea de Portugal. Se o Prof. Cavaco Silva é eleito Presidente da República à primeira volta acaba-se o mito de que os portugueses gostam de votar à esquerda para Presidente, e mais importante do que isso, acaba-se a teoria de que Portugal é maioritariamente de esquerda.
Se olharmos para esta campanha eleitoral podemos depreender duas coisas fundamentais. A primeira é que esta campanha teve um candidato a Presidente, o Prof. Cavaco Silva (dois se contarmos com o "eterno" candidato Garcia Pereira), e os 4 "Back Street Boys" que se candidataram, não a Presidente, mas antes contra Cavaco. A segunda coisa que notamos é que a esquerda em Portugal deve ter passado por algum processo de criogenia porque parece-me que parou no tempo, há cerca de 30 anos atrás, e aparece agora a falar de Abril como se a revolução dos cravos tivesse sido há 15 dias apenas e as supostas "conquistas de Abril" estivessem ainda em causa e a carecer de confirmação junto da sociedade portuguesa (como se já não nos bastasse a constituição para nos fazer lembrar as famosas "conquistas").
Eu espero, como apoiante convicto do Prof. Cavaco Silva, que este seja eleito já neste Domingo como Presidente da República. Desejo este resultado porque de facto ele é o melhor candidato, mas sobretudo porque Portugal tem que parar de andar a ouvir esta esquerda que passa a vida a cantar "ó tempo volta para trás", porque depois de Abril de 1974 não tem mais nenhuma virtude para nos mostrar! Já não há fado que aguente!

JP na Universidade de Aveiro

De facto ainda é cedo para poder anunciar a criação de um nucleo de estudantes populares na universidade de Aveiro. É, obviamente, um grande objectivo.

Mas para já, queria apenas anunciar a minha eleição ontem como vogal da mesa da Assembleia do Nucleo de Bolseiros de Investigação da Universidade de Aveiro (NBIUA). Considero um passo importante ao nível profissional, mas faço-o também no sentido de começar a alargar de certo modo a area de actuação da JP em terreno tão adverso.

Aproveito este espaço no blog também para pedir a colaboração de todos para que o sonho de um NEPUA possa ser um dia transformado em realidade.

O filme que vou ver no dia 22
























Via e-mail

Perguntas ingénuas

1. Poderá o Senhor Ministro fazer a fineza de nos avisar quando é, na sua douta opinião, a altura ideal para Portugal ter um Presidente da República de direita?

Isto é cada uma, será que nos tomam a todos por seres cretinos, sem a faculdade de raciocinar?

É por estas e por outras (que espero em breve escrever) que vou votar Cavaco logo à primeira volta, pelo menos assim não temos que ouvir este género de argumentos.


2. Este anúncio de Mário Soares não deverá ser qualificado como uma intromissão terrível na esfera de actuação do Governo e criadora de instabilidade?
Post Scriptum (por extenso para não se confundir): A intervenção do Governo na campanha é um sinal de terceiro mundo, em que candidatos à Presidência se tornam subitamente porta-vozes do Governo, juntamente com o anúncio de medidas de investimento e outras notícia idílicas (até parece que Portugal não foi o único País da UE a contribuir negativamente para o crescimento desta zona económica).

terça-feira, janeiro 17, 2006

Uma razão para...

...Não votar Soares:
Soares garante que os estaleiros não vão ser privatizados.

Uma razão para ter orgulho em ser CDS:
João Rebelo defendeu ainda que a médio prazo se devia arranjar um parceiro estratégico privado, minotário em termos de capital, para o desenvolvimento futuro dos Estaleiros de Viana do Castelo.

A clarareza e a defesa do que se acredita, ainda que em campanha eleitoral é sempre uma mais valia.

Como dizia o Eng. Adelino Amaro da Costa:
"A nossa coerência poderá valer-nos alguns insultos, calúnias e difamações. Estamos habituados a isso. Ficaremos com a consciência de termos cumprido o nosso dever, mantendo uma só cara e uma só palavra. Fomos fiéis ao nosso projecto personalista de inspiração cristã. Demos testemunho de fidelidade a uma doutrina, de lealdade ao eleitorado e de dignidade perante os portugueses." Adelino Amaro da Costa (Diário da A.R., n.º134, 22/07/77)

A Ler

"A menos má das seis alminhas que se candidatam".

A Ler

Um Presidente, um candidato, a verdade.

E agora?

segunda-feira, janeiro 16, 2006

Qual a utilidade de votar Cavaco Silva à direita?

Ouve-se muitas vezes junto de alguma direita conservadora, liberal e democrata-cristã, dizer que jamais votarão Cavaco. Os argumentos são que Cavaco é igual a Soares, que Cavaco é ideologicamente de centro-esquerda, que Cavaco foi despesista, que Cavaco engordou a máquina do Estado. Esta direita, diz com algum entusiasmo difícil de entender, que votará em Alegre.

Quanto ao primeiro argumento, Cavaco é tudo menos igual a Soares. Não é contra a globalização, acredita nas empresas, apoia uma sociedade méritocrática, e apesar de ser social-democrata não é da velha esquerda, quase bloquista, que ultimamente Soares parece representar. Quanto ao despesismo, a verdade é que Cavaco não terá oportunidade de engordar a máquina do estado, são funções diferentes.

O voto dessa direita em Alegre não é por qualquer razão racional, ou até de utilidade politica para um projecto conservador-liberal. O voto é contra o que Cavaco terá feito ao CDS, “não nos esqueceremos” dizem alguns.

É um voto politicamente egoísta. É um voto de vingança quando Portugal precisa de estabilidade, é um voto sem argumentos a favor, apenas teorias do contra, é um voto virado para o umbigo.

Votar Alegre é votar num socialista, que tem uma ideia canhota de um Portugal que precisa de modernidade, é votar em alguém que não cita Churchill mas Cunhal, é votar em alguém que apela aos Socialistas que como ele não se revêem na escolha de Soares como representante da esquerda. Votar Alegre é permitir que a esquerda continue a evocar o património da Presidência da Republica para o PS. Votar Alegre é votar na ala esquerda do partido socialista.

Assumam-se as consequências desse voto, assuma-se que se vota Alegre por achar que Cavaco pode vir a ser um patrono da direita, e secar o espaço político do CDS. Isso é pensar a curto prazo. É a falta de confiança num projecto mobilizador para Portugal, é derrotismo imediato, é por os interesses partidários à frente dos nacionais, quando os partidos devem ter uma lógica inversa.

É também falta de entendimento daquilo que deve ser a Presidência da Republica. Um bom presidente será aquele que poderá dar expressão nacional a projectos contestáveis, mas necessários, juntos do povo e junto dos parceiros sociais. Será aquele tem a distancia necessária para saber que um bom primeiro-ministro em Portugal precisa em primeira instancia da protecção do Presidente da Republica junto do seu próprio partido e junto dos interesses instalados para fazer uma ruptura vertical com o nosso modelo de desenvolvimento. Será aquele que não avança por julgar que a democracia está em causa, mas que o país está em causa. Será aquele que conseguir convencer o povo que é necessário mudar de vida.

Cavaco Silva é o único que reúne essas características, é idolatrado pelo povo, o que lhe dá o poder de união, é o único que não se candidata contra ninguém, é o único que tem uma visão que mais vezes cruza com um projecto liberal-conservador para Portugal. É o único pode acabar com o mito do perigo da “direita” estar na Presidência da República. É o único capaz de fazer a mudança.

Saibamos dar um passo de cada vez. Saibamos até onde podemos ir nestas eleições, saibamos pensar no futuro, saibamos pensar naquilo que podemos fazer por Portugal, saibamos querer mais para Portugal e sejamos coerentes, connosco, com as nossos ideais e com Portugal.

As Minhas razões para (talvez) votar Cavaco

Meus caros amigos,

Que estas eleiçoes presidenciais pouco dizem ao CDS-PP e à JP, ja todos sabem. E não por desrespeitarmos a figura do Presidente, mas antes pela atitude, princípios e convicções dos candidatos que pouco ou nada se enquadram no nosso espaço político.

Não vou tecer qualquer comentário depreciativo quanto aos candidatos de extrema esquerda (guardo esses comentário para logo à tarde na rádio, quando estiver frente a frente com representantes dessas organizações), vou apenas enaltecer a coragem política de Manuel Alegre em confrontar o PS e em introduzir a palavra "Pátria" no léxico político nacional. Mas pouco mais posso dizer em favor deste candidato tao vazio de ideias e conceitos...

Mário Soares para mim, apesar de não concordar com 95% das suas decisões políticas nos últimos 30 anos em Portugal, não deixa de ter tido um papel determinante na Historia Portuguesa. Como tal, penso que se deveria ter ficado com o estatuto que por todos seria reconhecido de "senador", em vez de querer forçar a sua permanencia na política activa. E o mal ja vem da sua candidatura ao parlamento europeu. Não tinha a minima necessidade de se expor desta maneira. Os eleitores julga-lo-ão, quer se acham que a sua idade é impeditivo, quer se as suas faculdades continuam intactas ou mesmo se é este o perfil de Presidente que desejam em Belém. Definitivamente, não é o meu perfil de candidato. Não tenho nada contra o Humanismo, mas o ser humano é racional, é o que nos distingue dos animais; mas a Economia é uma ciência Humana, e por mais que se discuta, muitos das suas teorias ja foram testadas, experimentadas, pelo que não se pode rejeitar de forma leviana as convicções liberais que Soares acusa Cavaco de ter. Infelizmente não é bem assim...

Finalmente, Cavaco. Em linguagem económica, Cavaco é o meu candidato óptimo, não o meu candidato ideal. É o que maximiza a minha utilidade marginal para PR em função da minha curva de preferencia.

Mas Cavaco é também uma personagem estranha, cheia de contradições e cheia de lados obscuros, ou lunares, como diria o Carlos Tê na musica do Rui Veloso...

Cavaco é economista liberal, mas socialmente "preocupado". Cavaco define-se como rigoroso e objectivo, e faz caretas fingindo não saber das declarações do dia anterior de Santana. Cavaco é ultrapartidário, mas fala em "apoio do PSD e de outro partido". Cavaco é da escola neo-liberal, mas ajudou engordar o Estado. Cavaco é liberal, mas so privatizou o que quis. Cavaco é socialmente responsável, mas foi um dos maiores criadores de jobs para o PSD. Cavaco é de origens humildes, mas nao gosta do povo. Cavaco é de centro direita (?) e agora canta a "Grandola Vila Morena" ? Cavaco é e sempre foi um tecnocrata e agora "o povo é quem mais ordena" ?!

Ainda assim, as opções sao poucas na hora de votar:

1. ou voto em branco, e estou a favorecer a esquerda porque estes votos legalmente nao contam para o total de votos a considerar para o universo de eleição de 50%+1.

2. ou voto nulo, correndo o risco também de continuar a ter um PR de esquerda assumida e revanchista contra a direita.

3. ou voto Cavaco e espero que o primeiro PR da não-esquerda não se transforme no nosso pior pesadelo, promulgando uma nova lei eleitoral ou pior ainda, transformando o seu mandato numa demonstração de como alguem se pode moldar à situação politica do momento, esquecendo as suas convicções.

A principal razao que me leva a apoiar Cavaco no âmbito da JP é o facto de nada termos a ganhar excluindo-nos.

A principal razão que me leva a apoiar Cavaco em Aveiro, é esforçar-me por não quebrar nem abrir brechas numa coligação que está na Camara Municipal.

Como vêem, poucas são as minhas razões e ainda menos as convicções. Mas eu nao vou querer ser responsabilizado por ver Alegre ou Soares na Presidência da Republica...

Microsoft forma 4 mil desempregados têxteis


Projecto "Tecnologia, Inovação e Iniciativa" pretende atribuir competências em novas tecnologias

Depois do têxtil... as novas tecnologias. Trocar os tecidos pelo computador. Usar o teclado em vez das máquinas e teares. Enfim, adquirir competências que lhes permitam trabalhar com as novas tecnologias.
Este é o principal propósito do projecto-piloto "Tecnologia, Inovação e Iniciativa", desenvolvido pela Microsoft Europa, que está agora a ser implementado em Portugal.
Trata-se de uma experiência piloto no sentido de apoiar o combate ao desemprego. Por isso, o público-alvo do projecto são os desempregados do sector têxtil, uma população maioritariamente constituída por pessoas com baixa escolaridade e idade superior a 45 anos.
O projecto "Tecnologia, Inovação e Iniciativa" é lançado hoje, no Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário (CITEVE), em Famalicão e, contará com a presença do ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, Vieira da Silva e do director-geral da Microsoft Portugal, João Paulo Girbal. Na sessão de apresentação estará ainda o Comissário Europeu para o Emprego, Assuntos Sociais e Igualdade de Oportunidades, Vladimir Spidla e o presidente do CITEVE, António Amorim.
O edil famalicense, Armindo Costa estará presente na iniciativa, onde abordará o tema "A importância da Indústria Têxtil e do Vestuário no Vale do Ave".
Para já, o projecto envolverá a região Norte, estando previsto que no período de três anos consiga abranger quatro mil desempregados.
O objectivo principal do programa é fornecer competências básicas sobre as novas tecnologias às pessoas desempregadas, nomeadamente oriundas da indústria têxtil, dando desta forma um contributo para que elas possam adaptar-se a novas actividades profissionais. Além destes intuitos, pretende-se ainda, motivar as pessoas a abarcar novos desafios, dando-lhe motivação, não só através das competências ao nível da informática, mas também na divulgação de mecanismos de inserção profissional.
O projecto desenvolve-se em três níveis acesso, elementar e completo. O programa, desenvolvido pela Microsoft, tem como parceiro o CITEVE, onde desde meados de Dezembro o projecto tem estado a desenrolar-se. Para além do CITEVE, a iniciativa decorrerá na Covilhã (em Fevereiro), em Guimarães, estando ainda por definir um outro local.

Alexandra Lopes
in Jornal de Notícias

domingo, janeiro 15, 2006

TGV = 7.100.000.000,00€


De certo que já todos nós nos interrogamos sobre o que se poderia fazer/construir com os 7.100.000.000,00€ (sete mil e cem milhões de euros) que o governo socialista pretende gastar na construção do TGV.

Para os que não encontraram nenhuma solução para este enorme número, deixo aqui alguns exemplos:

- Pagar 30 milhões de Pensões
- Pagar 18 milhões de Salários Mínimos
- Pagar 8 milhões de Propinas
- Construir 8 Pontes Vasco da Gama
- Construir 9 Hospitais
- Construir 4 Barragens do Alqueva
- Construir 3 Autoeuropas


Dá que pensar...

Uma razão para votar Cavaco...

Só é pena que Cavaco não seja de direita mas sim do centrão (para dizer o mínimo)... Mesmo assim, não deixa de ser uma razão!

A arrogância esquerdista e a brigada da birra Estas eleições estão decididas. Há 2 anos, pelo menos. Vai ganhar um candidato que, em Portugal, é conotado com a Direita. As esquerdas sabem que não vão vencer. E as esquerdas, quando perdem, revelam todo o seu mau feitio. As ideologias são sempre birrentas.É para isto que serve esta campanha: para vermos ao vivo e a cores as entranhas arrogantes das esquerdas. E é inquietante ver todos os dias esta imaturidade democrática. Os candidatos de esquerda – todos e sem excepção - julgam-se senhores do país, julgam-se senhores das instituições. Os nossos esquerdistas fazem lembrar os aristocratas de séculos passados: acham que têm o direito divino à governação. O poder é deles. E não suportam que um membro da “plebe” (leia-se: direita) assuma o comando. É anti-natura, pensam.Soares diz várias vezes: “mas Ele não fala da globalização”. Errado. Cavaco falou da globalização. Não falou da mesma forma que Soares, mas falou. Deu à globalização uma entoação positiva. Mas, para Soares, falar da globalização é sinónimo de criticar a globalização. Nenhuma pessoa de bem pode encontrar coisas positivas nessa coisa que anda a americanizar o mundo. Logo, Cavaco é inferior, é inculto. A esquerda sempre usou este mecanismo: apelida de inculto aqueles que discordam da “cultura” de esquerda.E Cavaco ousou não falar do disparate da moda: a “cidadania global”. Quem diria? É sinal de que Cavaco sabe de uma coisa muito simples: uma eleição local tem legitimidade; uma demonstração de rua ao abrigo dos termos “cidadania global” ou “opinião pública mundial” não tem qualquer legitimidade. A não ser que a Rua tenha mais importância que a Urna.Jerónimo de Sousa prefere falar em interesses obscuros. A forma como Jerónimo fala dos “ricos” faz lembrar a forma como os jacobinos falavam dos nobres: gente sem dignidade, gente a esmagar sem misericórdia. “Os homens do dinheiro”, isto é, os perversos desumanos que sugam as energias do povo. Este “homens do dinheiro” não é um ataque político. É uma recusa pessoal e ética.Mas o pior chegará na noite de 22. Vai ser um festival de birra. Vão falar de uma investida obscura, de conspiração jornalística. Vão dizer que o povo foi enganado. Outra velha arma: o povo, quando não escolhe a esquerda, vive em “falsa consciência”. A boa consciência, a consciência genuína só aparece quando a esquerda vence.A campanha não serviu para nada, diz-se. Discordo. Serviu para revelar que a Democracia é uma ameaça para a patrulha da birra ideológica.

[Diogo Duarte Campos]

Os que "sabem fazer política"

meu caro Filipe, o autismo dos que "sabem fazer política" limita-os a fazer política por birra porque mais não sabem! No dia 22 o Prof. Cavaco Silva vai ganhar à primeira as eleições, e com ele ganha toda a direita, mas na direita temos memória e não nos esqueceremos dos que "sabem fazer política" ;)

Uma razão para votar Cavaco

O Dr. Francisco Louça, diz-se o Pai da Esquerda. Ora se o Dr. Francisco Louça é o Pai da Esquerda podemos fazer a seguinte analogia:
- Dr. Mário Soares – Avô da Esquerda
- Manuel Alegre – Tio-Avô da Esquerda
- Jerónimo – Tio da Esquerda.

Por este facto acho que é melhor o Prof. Dr. Cavaco Silva em Belém do que uma família disfuncional da esquerda.

Comentários, senhor Deputado Pina Poura?

LIÇÕES DE ÉTICA: O deputado Paulo Rangel tomou a decisão de sair da comissão parlamentar de inquérito no caso Eurominas. Fê-lo por considerar que poderia verificar-se um conflito de interesses dado que colabora com a sociedade de advogados onde se insere António Vitorino, um dos implicados no caso.Numa altura em que muitos se escondem atrás da ética republicana, que seria unicamente a da lei, Paulo Rangel oferece uma esclarecedora lição sobre o assunto.

Uma razão para não votar Cavaco

"Serei o presidente, se for essa a vontade dos portugueses no próximo domingo, do diálogo social e também aí posso falar como nenhum, por experiência própria", que - diríamos - redundou no maravilhoso sistema de retribuição (e avaliação) da função pública que ainda hoje temos!

sábado, janeiro 14, 2006

a JP do hi5 e do messenger...

Agora que finalmente desisti de ser contra os blogs para passar a usá-los e demonstrar porque sou contra os blogs, decidi dedicar este meu primeiro post à suposta JP do Hi5 e do messenger, essa JP de que muitos falam e que eu, cibernauta atento desde 1997, nunca vislumbrei no cyber espaço, e pior, nunca vislumbrei em lado algum!
Parece que agora a moda na JP é falar-se do mundo virtual. Por mim tudo bem, não tenho nada contra as novas tecnologias, e muito menos tenho qualquer problema com o evoluir da sociedade e dos meios de comunicação de que temos disponiveis para contactarmos uns com os outros. O que me preocupa, confesso, é que me parece que a JP passa a vida a falar do mundo do virtual porque no mundo real faz muito pouco!
A JP não se faz em grupos no hi5 (que aliás é tão usado que nem sequer uma mensagem tem), nem em conversas no messenger (a não ser a conversa natural entre amigos e outras do género)! A JP faz-se com gente, com pessoas, criando C.P.C.'s e C.P.D.'s, organizando debates e conferências, indo para a rua ao encontro das pessoas e cativá-las a virem connosco, a juntarem-se a nós!
Foi isto que, enquanto Presidente da Distrital de Aveiro da JP, eu sempre tentei fazer, e é isso que faz de Aveiro um distrito diferente na JP. Nós do mundo virtual quase não falamos, mas fomos nós que trouxemos as "mailing lists" para a JP, que lançámos um site dinâmico e moderno, que falamos uns com os outros no messenger para combinar o sitio da próxima reunião (não para fazer a reunião online obviamente), tudo porque sabemos que o que interessa não são os hi5 que deixamos uns aos outros a dizer quão porreiros somos, mas antes o mundo do real onde todos nos conheçemos e começámos a trabalhar na JP, pela JP e a pensar em Portugal!
Há na JP quem queira falar do Hi5 e do messenger porque não pode falar de mais nada, nós não somos assim!

A queda de um mito...

Sabíamos que Louçã era intelectualmente desonesto, mas nunca nos passou pela cabeça que fosse tanto!

O plágio de LouçãVoltemos, uma vez mais, ao plágio de Louçã. Não por falta de temas a abordar no que respeita ao modo de fazer política do líder do BE e candidato às presidenciais - nessa matéria haveria pano para mangas. Não, também, por qualquer doentio prazer em bater mais no ceguinho - tivesse o plagiador assumido o plágio e não se falaria mais nisso. Voltamos ao assunto porque esta coisa de plágio é coisa feia – mais ainda quando o plagiário, fingindo nada ter a ver com o que se passou, assobia para o lado ou se arma em vítima de terríveis perseguições por parte do Avante! e, assim, vai levando a água ao seu moinho, que o mesmo é dizer, assim vai fugindo com o dito à seringa da responsabilidade pelo plágio.Confesso que, há dias, vendo e ouvindo Louçã, na televisão, a insinuar saberes e prestígios de dimensão internacional – ele era um livro que vai espantar o mundo, ele era um Nobel que queria Louçã a seu lado, eu sei lá – me assaltou a dúvida sobre se não teria sido o Chossudovski que, à surrelfa, lá longe, do outro lado do Atlântico, julgando-se a salvo, surripiara, sem vergonha, pedaços de um qualquer texto de Louçã. Mas não. Que Chossudovski me perdoe a dúvida.Vamos lá, então, à coisa. Peguemos no dicionário: «Plágio: Acção de um autor apresentar como seu o que copiou de qualquer outro». Passemos agora ao que fez Francisco Louçã: apresentou como seu - assinando: «Francisco Louçã, economista» - um texto no qual podem ler-se, entremeados com outra prosa que suponho ser de sua autoria, largos extractos de um texto escrito e assinado por Michel Chossudovsky. O plágio – assim se chama a esta coisa feia que, no caso concreto, veio à luz no «Suplemento de Economia» do Público - foi assinalado, aqui no Avante!, na devida altura e, como era de esperar, sem quaisquer repercussões. Mais tarde, quando da ocorrência de um outro caso de plágio (dessa vez amplamente divulgado e com consequências graves para quem o praticou), relembrámos novamente, aqui no Avante!, o plágio de Louçã, sublinhando a diferença no tratamento dado pelos média a dois casos da mesma família e mostrando, com mais um exemplo, como o líder do BE é o ai-jesus dos média dominantes, os quais, eles bem sabem porquê, o tratam com enlevos e desvelos maternais, descobrindo-lhe prendas, qualidades e valências que só eles vêem – e que, se fossem reais, eles mesmos tratariam de ocultar. Resta o facto - esse sim, real - que aqui se relembra: Louçã plagiou Chossudovski.

Via "O Acidental"

[Diogo Duarte Campos]

Uma razão para votar Alegre?

Num almoço em Portalegre, Alegre defendeu ainda que o Estado «tem uma dívida nacional» para os ex-combatentes que estiveram no Ultramar, uma vez que «maioria foi por obrigação, perdendo lá uma parte da sua juventude».

sexta-feira, janeiro 13, 2006

Afinal quem é que é oportunista?

Matilde Sousa Franco acusa Alegre de oportunismo.

A Senhora que ninguém conhecia e da qual não se conhecia uma ideia foi eleita Deputada pelo círculo de Coimbra, o qual ela também não conhecia - chamar-se-á oportunismo a isto?

A Senhora que, oportunamente, não participava em debates durante a campanha eleitora, por desconhecer a realidade por onde foi eleita.

A Senhora cuja eleição deve-se unicamente a ter aproveitado as circunstâncias que rodearam a morte do seu marido - chamar-se-á oportunismo?

A Senhora que depois de ser eleita, oportunamente, numa mais se ouviu falar, nem é reconhecido nenhum trabalho na Assembleia da República.

Esta Senhora tem ainda o descaramento de chamar a outros oportunistas...

Porém, em boa verdade, a culpa não é dela. A culpa é da Comunicação social que dá palco e protagonismo ao que, e a quem, manifestamente nada tem a dizer e que nada interessam.

A culpa é também, senão sobretudo, das pessoas de Coimbra.

Não tenhamos a menor dúvida: Coimbra podia ter acabado com o oportunismo da Senhora e do PS. Coimbra podia ter dito que não aceita ser assim representada. Coimbra podia ter dado um golpe num sistema eleitoral que permite estes comportamentos. Coimbra podia ter feito e ter mudado muita coisa.

Mas não fez. Preferiu dar a maioria dos votos ao oportunismo.

Agora queixam-se...!!

Olha, vão Totta!

Ainda há disto...

"Autarcas de Aveiro receberam cartas com ameaças

A informação foi ontem confirmada por João Oliveira, do Gabinete de Imprensa da autarquia aveirense, revelando que cada um dos autarcas recebeu uma carta anónima com ameaças.Apesar de desvalorizar o acontecimento, o responsável da Câmara pela relação com a comunicação social salientou que o caso foi comunicado à PSP de Aveiro para que as autoridades procedam a algumas averiguações. Segundo João Oliveira, foi a primeira vez que, durante o actual mandato, os autarcas do PSD e do CDS foram ameaçados."

in Diário de Aveiro, 2006-01-13

quinta-feira, janeiro 12, 2006

Maravilhas do Investimento Público

Investimento Estratégico

O Zé, funcionário público, é casado em comunhão de adquiridos com a Maria, costureira, e tem dois filhos adolescentes. O Zé reside em Cascais, a três minutos da Quinta da Marinha.
O Zé tem um Opel Kadett 1.3 LS. Nos últimos anos, o Zé quitou o Opel, gastou umas massas numas lojas de tuning para pôr o bólide a acelerar mais depressa.
Infelizmente, apesar de entrar na A5 sempre de prego a fundo, o Zé não consegue deixar de irritar-se quando os novos BMWs e os reluzentes Mercedes dos seus vizinhos da Quinta passam por ele sem grande esforço.
Da última vez que o Zé foi a Lisboa, chegou 3 minutos depois de um ministro, apesar de terem partido ao mesmo tempo. Para o Zé, uma das razões porque o outro é ministro e ele não, é porque o vizinho chega mais depressa a Lisboa e tem mais tempo para pensar.
O Zé já decidiu. Para ultrapassar o atraso em relação aos seus vizinhos ricos, vai comprar um Rolls Royce. O Zé acha que não pode continuar a pensar em ponto pequeno e não quer sentir-se mais pobre que o resto da vizinhança. O Zé já contou pelo menos 6 Rolls-Royce na zona.
Como se paga? Não há problema. O Zé sabe que o Rolls vai potenciar a sua carreira e pô-lo ao nível dos vizinhos. Assim que o Zé chegar a ministro ou a empresário rico já vai ser fácil pagar a máquina. Paga-se a si própria. É um investimento estratégico. É uma decisão de política familiar.
Quando a família perguntou "quanto custa?" o Zé explicou que quem vai pagar o carro não são eles. É o banco. O carro vem praticamente de borla. A família apenas tem que hipotecar a casa e assinar uma autorização para que o banco transfira para o dono do stand uma herança que a Maria está prestes a receber de um tio que vivia na Alemanha. Também vai usar uns dinheiritos que os pais da Maria tinham depositado em nome dos netos, mas o Zé garante que não têm grande significado, nem sequer ultrapassam 3% do investimento.
Apesar das explicações, gerou-se uma grande discussão, lá na casa. A família queria participar na decisão. O dinheiro era de todos, não queriam endividar-se, não precisavam de um carro tão grande só para dar uns passeios ao CascaisShopping no Domingo à tarde.
Os protestos subiram de tom e quando a Maria propôs uma votação, o Zé deu um grande murro na mesa de fórmica e gritou: "Assim Não!"O Zé não pode aceitar os protestos da Maria.
Quando casaram, a Maria disse-lhe que não percebia nada de carros, esses assuntos ficavam para o homem da família. Agora a Maria quer alterar um pressuposto do casamento? Era só o que faltava. A legitimidade do Zé para tomar a decsião é total, legítima e inequívoca.É ele que percebe de carros e lê as revistas de tuning, ele é que fala com os tipos que percebem do assunto. Porque é que se estão a meter em matérias que não dominam?
A compra de um carro é uma mera questão técnica que só pode ser correctamente analisada por especialistas.Para acalmar a família, o Zé pensou bastante em todos os detalhes. Até fez uma apresentação à prole em Powerpoint e mostrou à mulher um estudo, feito pelo dono do stand, que comprova a justeza da sua decisão.Apesar das explicações do Zé, os filhos continuam cheios de dúvidas.
O pai até já arranjou um esquema para levantar as contas de poupança-educação dos rapazes, explicando-lhes que já não vão precisar daquele dinheiro. Quando chegar o Rolls, vai ganhar ao nível dos outros vizinhos que também têm Rolls e por isso aquela poupança deixa de fazer sentido.
A compra de um Rolls-Royce para a família é um investimento estratégico, que beneficia a todos. Hoje não têm Rolls, amanha vão ter. Só podem ficar melhor. E o Zé promete:"Um dia, no futuro, ainda virão todos ao pé de mim, agradecer-me pela minha clarividência."
É capaz de ser verdade. Um dia, daqui a muitos anos, talvez os filhos do Zé lhe agradeçam assim: "Muchas gracias, papá."

A letra que dá para os dois lados...

CPC de Aveiro no Diário de Aveiro

«Apoio à candidatura de presidencial de Cavaco Silva
JUVENTUDE POPULAR/AVEIRO CONTRARIA NACIONAL

A comissão Política Concelhia da Juventude Popular (JP) de Aveiro decidiu apoiar a candidatura presidencial de Cavaco Silva, em sintonia com a Comissão Política Nacional do CDS-PP mas contrariando a deliberação em contrário do Conselho Nacional da Juventude Popular.

Neste aspecto, a estrutura manifesta um "total desacordo com a posição da Comissão Política Nacional da Juventude Popular (...) mas exerce, deste modo, a liberdade que nos foi conferida de apoiar qualquer uma das candidaturas".

Apoiar Cavaco Silva é, para a concelhia da JP "a melhor forma de defender os interesses dos jovens, incluindo a geração futura de aveirenses, qua já viu os seus direitos geracionais delapidados por sucessivos governos nacionais e locais socialistas".

O plenário decidiu "formalizar o seu inequívoco apoio à candidatura do Prof.Doutor Aníbal Cavaco Silva, manifestando a vontade da juventude da direita aveirense em ter como próximo Presidente da República uma personalidade que enquadre fora do espaço político da esquerda portuguesa", diz a deliberação tomada em plenário. O apoio será materializado na participação e colaboração de "forma efectiva e convicta nas acções de campanha a efectuar no Concelho de Aveiro".»

in Diário de Aveiro, 2006-01-12

Mercado nacional de tecnologia vai crescer 40% até 2009

Entre 2005 e 2009, o mercado português de Tecnologias de Informação deverá ultrapassar os 2,63 milhões de euros, um valor superior ao que está previsto para a média europeia, revela a IDC no relatório “Mercado de TIC - Portugal vs Europa, Análise e Previsões 2005-2009”, divulgado esta terça-feira.

De acordo com o mesmo estudo, o investimento em Portugal vai apresentar um crescimento acumulado superior a 40% no fim dos cinco anos em análise, o que representa taxas de crescimento médias anuais de 7,8%.
No final do período em análise, a IDC prevê que o investimento no segmento do hardware em Portugal represente quase 60% do total, prevendo-se para o segmento dos serviços um crescimento acumulado de 25%. Para o software prevê-se uma taxa de crescimento acumulada de cerca de 35% nos mesmos 5 anos em análise.
No seu conjunto, a Europa deverá atingir um volume de investimento em tecnologias que deverá ultrapassar os 290,6 mil milhões de euros, só em 2006.

quarta-feira, janeiro 11, 2006

Lamentável...

Ouvi hoje (Rádio Antena 1) um candidato a Presidente da República, mais concretamente, Jerónimo de Sousa, expressar a sua indignação pelo actual governo pouco ou nada estar a fazer para que o candidato apoiado pela Direita e pelo Centro-Esquerda não venha a ser o próximo Presidente da República Portuguesa.

O que este candidato afirmou defender foi a existência de uma campanha por parte do governo contra o candidato com que provavelmente terá de trabalhar.

Se estas declarações seriam graves quando proferidas por qualquer dirigente partidário, são no ainda mais quando proferidas por um candidato.

E como infelizmente é normal, nenhum órgão de comunicação social se apercebeu da gravidade destas declarações.

Ginastica eleitoral

Um bom motivo para votar Cavaco Silva:

Cavaco parece querer lançar a discusão sobre a Energia Núclear.

Um bom motivo para nos lembrarmos que Cavaco Silva é Social Democrata:

Cavaco é a favor da manutenção das Golden Shares

terça-feira, janeiro 10, 2006

Mais uma vez o orçamento da CM de Aveiro em discussão

Participei ontem em mais um programa "É notícia" da AveiroFM no qual os representantes de cada partido politico presente na AM de Aveiro discutem a sua opinião sobre temas da actualidade local.

O tema de ontem era o orçamento para 2006 da CMA e o futuro da autarquia, mas foi, mais uma vez, a manifestação inequivoca das graves diferenças ideologicas entre uma direita progressista, liberal, democratica, de valores conservadores e uma esquerda sem ideias, despesista.

O PS está numa situação incomoda, face a um anterior executivo que deixou a situação financeira da autarquia numa situação particularmente dificil, onde muito provavelmente o direito da geração seguinte decidir onde e como aplicar os fundos públicos foi, e muito, compromentida. Mas nem era sobre o PS que gostaria de reflectir aqui hoje.

Queria discutir sobre o que representa hoje o PCP e o BE.

Ambos se dizem diferentes, e no entanto, tão iguais no disparate. Ambos face a esta situação incomportavel para a autarquia defendem...mais investimento publico e recusam a alienação de património... Também a mim me custa ver a autarquia perder áreas nobres da cidade, como sejam a zona do Mário Duarte ou os terrenos da antiga Feira de Março (Plano de Pormenor do Centro). O facto é que tal é já irreversível. Mais que isso, ja foi feito, encoberto pela operação de leaseback concretizada pelo anterior executivo. Na prática, a CMA ja não é proprietária desses terrenos. Até posso concordar que este não é a altura ideal para maximizar mais valias na venda desses terrenos. Mas a situação financeira assim o obriga. Só tenho pena que a atitude destes partidos que nao aspiram a ser poder nunca seja construtiva, seja de critica pela critica; tenho pena por Aveiro.

Carlos Martins
Deputado Municipal CDS-PP
JP Aveiro

segunda-feira, janeiro 09, 2006

Perguntas Simples

Não sei porque é que os senhores jornalistas sempre tão afoitos em confrontar muitos políticos com tudo e mais alguma coisa, ainda não foram capazes de colocar as seguintes perguntas aos Candidatos Presidenciais, designadamente, ao candidato Francisco Louça (que até já se apresentou com um “lenço à Arafat” em plena Assembleia da República):

1. Revê-se nas declarações do HAMAS sobre o estado de saúde de Sharon?


2. Considera que Sharon teve uma actuação determinante na procura de uma resolução do conflito Israel-arábe?


3. Como analisa o facto de após a morte de Arafat terem sido dados tantos passos no caminho da paz?

Sinceramente não percebo porque é que estas questões não são lançadas para cima da mesa, até porque a política internacional está directamente relacionada com os poderes presidenciais!

Wild Wild Estarreja

Militar da GNR baleado está fora de perigo
O militar da GNR que foi baleado em Estarreja no domingo está fora de perigo. Os disparos vieram de um automóvel que foi mandado parar por dois agentes da GNR perto da Rotunda do Hospital.
( TSF OnLine 10:35 / 09 de Janeiro 06 )

sexta-feira, janeiro 06, 2006

V Seminário Grudis - ISCAA-UA


Perdoem-me a imodéstia, mas não resisto a vangloriar-me por apresentar o meu primeiro paper numa conferência académica.

O título não é particularmente sugestivo, “Consistency of Dividend Signalling and Future Maturity Level: Evidence from UK Data”; contudo foca uma das minhas grandes áreas de interesse científico: corporate payout policy.

Para quem estiver interessado, aqui fica o programa do Seminário.

Carlos Martins

As dívidas continuam em Aveiro...

"Estátua de Santa Joana está por pagar

Tem sensivelmente quatro anos a dívida da autarquia ao artista Hélder Bandarra, pela autoria da estátua da princesa Santa Joana, encomendada pela Câmara de Aveiro e erigida a 12 de Maio de 2002.A dívida da parte artística a Helder Bandarra é de 30 mil euros, que ficou da governação socialista de Alberto Souto e que passou para a nova maioria do PSD/CDS-PP.(...)"

in Diário de Aveiro, 2006-01-06

quinta-feira, janeiro 05, 2006

Leitura Obrigatória

A crise do gás e o regresso à alternativa nuclear
«Há uma alternativa imediatamente disponível que pode e deve diminuir a dependência energética da UE: a energia nuclear. É vital que os governos ocidentais invertam a tendência de desactivação das centrais nucleares e compreendam que têm de enfrentar a campanha “anti-nuclear” dos ambientalistas. Essa campanha dificulta uma avaliação racional dos custos e benefícios da opção nuclear, incluindo estimativas adequadas do risco político das alternativas. Os fundamentalistas do “nuclear não!” são a descendência eco-ideológica daqueles que na década de 70 viam nos mísseis nucleares americanos a maior ameaça à paz. Trinta anos depois, não é de esperar que tenham maior clarividência política. Nem razão.»
Excerto do artigo de Fernando da Cruz Gabriel, publicado hoje no Diário Económico. Via Bloguítica.