quarta-feira, maio 31, 2006

CDS-PP Aveiro e a privatização da MoveAveiro na AveiroFM

Privatização da MoveAveiro não assusta líder do PS

O líder do PS/Aveiro, Raul Martins, garantiu à rádio Aveiro FM que não rejeita o concessionamento do serviço municipal de transportes ou a entrada de empresas privadas na MoveAveiro.

«Tudo o que seja para melhorar os serviços é bom, sem perturbar minimamente os direitos dos trabalhadores», afirmou no «É Notícia», programa semanal de debate daquela estação.

O presidente da Comissão Política Concelhia dos socialistas afastou preconceitos sobre a administração particular de empresas. «A gestão pública não é melhor nem pior que a privada. Há boa e má gestão no público e no privado», notou.

Raul Martins lembrou que ainda se sabe «pouco» sobre o interesse de um consórcio de empresas no controlo da MoveAveiro, empresa municipal de mobilidade. Mas salientou que o importante é que a instituição, criada no mandato anterior, era o socialista Alberto Souto presidente da Câmara, seja «bem gerida».

O dirigente do PS diz que resolver os problemas da MoveAveiro é «ainda mais complicado» do que solucionar o défice de exploração dos Serviços Municipalizados de Aveiro.

«Aveiro é das poucas cidades com transportes municipais, inclusive fluviais, o que é um problema acrescido», salientou, advertindo que além de ser necessário garantir a rentabilidade económica da empresa é também preciso assegurar a prestação de serviços sociais.

«O facto de haver interessados leva a pensar que a empresa pode ser viável e rentável, o que é positivo para o município», disse Carlos Martins, do CDS/PP, queixando-se de que «a gestão não tem sido positiva ao longo dos anos».

«As iniciativas privadas são de louvar. Não há que ter medo da concorrência nem do capital privado», acrescentou, alertando para a necessidade de «combater a aversão à mudança» que pode ser revelada pelos trabalhadores e sindicatos.

«Não me parece que tudo o que é privado é bom», respondeu Nelson Peralta, do Bloco de Esquerda, para quem os «serviços básicos» devem ser mantidos no sector público.

No sector dos transportes, o «desinvestimento» começou com Alberto Souto, tendo sido reduzido o número de linhas dos autocarros.

Segundo Nelson Peralta, a gestão da MoveAveiro por privados irá privilegiar o lucro, o que poderá resultar na redução da oferta de serviços, na eliminação das rotas menos procuradas ou no aumento de preços.

Outra possibilidade é que as linhas com menos utilizadores sejam mantidas «às custas de subsídios da Câmara».

in Diário de Aveiro 2006-05-31

terça-feira, maio 30, 2006

JP discute Financiamento do Ensino Superior


A JP discute financiamento do Ensino Superior
A Juventude Popular de Aveiro decidiu lançar desde já o debate em relação ao financiamento do ensino superior em Portugal.Para tal conta com duas individualidades da área, como são indiscutivelmente o Prof. Doutor Pedro Lynce e o Dr. Diogo Feio.A discussão, como é o espírito da JP, está aberta a todos, pelo que convido que quem estiver interessado a comparecer dia 3 de Junho no Auditório da Biblioteca Municipal de Aveiro pelas 15h.

segunda-feira, maio 29, 2006

O Nome da Crise

A História um dia sentirá a necessidade de dar um nome a esta crise. O carácter decisivo dos anos que estamos a viver no panorama internacional e no desenvolvimento português vai impor essa distinção. O exercício de tentar adivinhar já esse nome pode ajudar-nos a compreendê-la um pouco melhor.O mais simples é, por vezes, o mais adequado. Assim, ela pode ser chamada apenas a "longa crise". Desde o início da modernização económica nacional em meados dos anos 1950 tivemos muitas perturbações, mas apenas cinco divergências significativas com a Europa. Esta que vivemos ainda está longe de ser a mais profunda, pois a queda de 1973 a 1976 (em que perdemos 5,3% face à média dos actuais Quinze) e de 1982 a 1984 (3,9%) foram mais violentas que a descida de 3,6% que acumulámos desde 2001. Mas, dado que o afastamento ainda não acabou e já leva mais de cinco anos, ela é sem dúvida a mais duradoura. De facto os outros dois ligeiros afastamentos, em 1968-69 (0,5%) e 1992-94 (2,1%), foram também bastante curtos. Assim, a actual paralisia, com mais do dobro do tempo de qualquer das crises anteriores, é a mais longa da nossa economia moderna.Aqueles que preferem ser rigorosos podem dar-lhe o título de "estagnação estrutural", pois a tendência de fundo do nosso de-senvolvimento nunca esteve tão mortiça. Em termos de crescimento do produto interno, a evolução de 2000-2005 tem a taxa média quinquenal mais baixa dos últimos 50 anos. Isto mostra apenas que estamos a viver algo muito diferente das recessões anteriores. Antes havia um soluço, por vezes bastante violento, mas do qual se recuperava com vigor. Agora adormecemos num entorpecimento latente. Os antigos navegantes conheciam bem a diferença entre o susto da tempestade e o marasmo da calmaria.Apesar disso, para os que gostem de abordagens coloridas, a crise podia ser chamada "a Assustadora", visto que já dois primeiro-ministros, Guterres e Barroso, fugiram para bem longe por causa dela. Mas talvez fosse melhor ela ficar conhecida como "a Japonesa". Salvas as enormes diferenças, existem bastantes traços comuns com a doença que atormentou a economia nipónica na década passada. Também aí se verificava um desequilíbrio financeiro, com forte endividamento, que embaraçava e tolhia o dinamismo económico. O diagnóstico era então claro e toda a gente sabia o que havia a fazer, mas ninguém parecia ter força para o realizar. Tal como no Japão, podem vir a ser precisos vários anos de modorra para expelir o veneno do sistema.Mas há um nome que ela não pode ter: o de "crise de austeridade". É que, embora se fale muito, não se vê austeridade em lado nenhum. Se a História futura se limitar a ler os jornais e discursos actuais, é possível que acredite que a origem das dificuldades está na redução da despesa pública. Mas se olhar para os números do Orçamento notará que "contenção da despesa" é coisa que não se vê: os gastos públicos só sobem.Muita gente deita as culpas da situação actual para a necessidade de poupanças no Estado, mas como se podem queixar de redução de verbas quando o sector público gasta hoje, em termos reais, mais 10% do que gastava quando a crise começou em 2000, mais 30% do que há dez anos e mais do dobro do que quando entrou na CEE? É precisamente a subida explosiva da despesa pública que, mais do que tudo, causa a referida estagnação estrutural. Claramente, não temos bolsa para suportar o Estado que temos.Mas o nome mais adequado, que vai directamente à causa decisiva, ao veneno no sistema, tem de ser "crise dos direitos adquiridos". O que se passa, simplesmente, é que o Portugal libertado de Abril, o "bom aluno europeu" cujo dinamismo espantou os parceiros, se deixou afogar numa enxurrada de "justas reinvindicações", "conquistas inalienáveis", "mínimos obrigatórios".Largos sectores, protegidos da concorrência externa pelo chapéu orçamental, definem os seus ganhos, não em referência ao que produzem ou dão ao País, mas por apelo a regras abstractas e princípios teóricos. Sabem todos os direitos que lhes cabem num país desenvolvido, mas ignoram o que lhes é exigido nesse mesmo país desenvolvido.A não ser que se lhe queira chamar a "crise delirante". Quando os ministros se atropelam a apresentar excelentes ideias para gastar mais dinheiro a resolvê-la; quando um distinto sindicalista diz impunemente que não há funcionários públicos a mais, é porque deve estar tudo doido!

Caro Sérgio Azevedo da JSD...tenha dó!!!

Sou daqueles indefectiveis leitores do Independente,e por por motivos varios,só ontem é que pude ler as duas ultimas ediçoes.Assim sendo só ontem me deparei com um artigo de opinião de um dirigente da JSD na edição de 19 deste mês neste semanário.Ainda assim,mesmo correndo o risco de vir algo tarde,não posso deixar de tecer umas quantas consideraçoes.
Primeiro no que toca ao artigo em si,Sérgio Azevedo,afirma entre outras opinioes,estar cansado "deste" CDS,porque só pretende imitar e ser como o PSD ou ainda porque,este CDS tem borbulhas e não é sexy!
IMITAR O PSD!?Em que sentido?E para quê?
Sendo certo que não há partidos perfeitos,porque é que havia o CDS de imitar um partido que não passa de um conglomerado de feudos e paróquias que se atacam mutuamente,que cospem de uma forma impune nas campas de militantes já falecidos e que destroem muitos dos seus melhores valores por jogos de poder que visam o proveito proprio ou da "igreja" que representam?Estou-me a lembrar por exemplo de Pedro Lynce...
Ao certo,ao certo,quem é que apresentou um líder fraco no anterior governo?Em que partido é que se viu Barroso contra Santana,Santana contra Barroso e Marques mendes contra todos(ainda que bem manipulado por terceiros)??
Qual é que foi o partido que protagonizou uma vergonhosa peixeirada num congresso de Barcelos?
Qual é que é o partido que anda "deprimido" porque o eng. Sócrates está a entrar-lhes no quintal?
Será que o PSD irá ser forçado a ir mais á frente no que toca a reformismo?Isso não seria apresentar propostas defendidas pelo CDS?(o circo dirigido por Marques Mendes segue dentro de momentos...)
Para que é que interessa imitar um partido que produz Isaltinos(sim,tb temos Avelino),Jardins,Valentins e afins?
Tenha dó caro Sérgio Azevedo,para quem acredita na força dos valores de uma direita capaz de se afirmar como credivel enquanto governo,não faltam por esse Ocidente fora grandes exemplos de liderança e de politicas com valor.Copiar o PSD,seria a mesma coisa que ir vender areia pró deserto,não brinque com a nossa inteligência caro Azevedo,por favor!
Neste artigo,Sérgio Azevedo termina dizendo estar cansado de esperar pelo regresso do anuncio da menina do gás,ora aqui está uma opinião,finalmente,uma opiniao valorosa.Ainda assim,recordando a alusão "borbulhosa" á moção liderada pelo presidente da JP ao congresso do CDS,apraz-me aconselha-lo a,no caso do anuncio protagonizado pela manequim Katarzina Potoczek regressar a tv,ser contido em práticas solitarias que possam causar calosidade na mão direita,não vá isso reflectir-se como algo que o incomode tanto a fazer a barba(partindo do principio que já tem idade pra isso) ao ponto de ter que se deslocar ao dermatologista mais próximo.A direita,caro Sérgio Azevedo,concordamos,precisa de gás,já intrigazinhas e vaidades são para aqueles que só servem pra duas coisas,viver,directa ou indirectamente(licita ou ilicitamente)á custa da abastada mesa do érario publico,ou para andar por ai a rufar tambores,mandar saltar o "chefe" durante os comicios,tudo "abonado" pela mesada do papá,tudo dependendo da idade,e da capacidade...
Para impregenar as páginas do INDEPENDENTE,com coisas destas mais vale...enfim,nem sei!O que me parecem este tipo de coisas,é que não faltam dos que "andam por aí" acomodados ás politicas deste governo que insiste iludir o país que é a liberalizar tudo ligado ás farmácias que mudamos para melhor,pois,assim sendo,juntando isso a artigos como estes de membros de partidos que deveriam fazer oposição,é caso para perguntar:
-Alguém me arranja uma caixa de Prozac?Nem que seja de uma loja minipreço,nem que venha em doses individuais...

quarta-feira, maio 24, 2006

Propagandex internacionalex

Reuniu-se hoje José Sócrates com Edmund Stoiber, líder do Estado da Baviera para o informar do “impacto das reformas em curso no Estado português, em particular nos sectores da justiça, segurança social e educação”.

Este Governo é perito em inovação. Depois da constante propaganda interna, ao anunciar projectos que nunca saíram do papel, agora a estratégia para captar investimento directo estrangeiro passa por referir reformas que ninguém conhece e que infelizmente para todos nós constituem apenas mais um factor de descredibilização a prazo das instituições governamentais.

Código Carrilho


"Há várias pistas que nos levam a descobrir quem tramou Carrilho na
corrida a Presidente da Câmara de Lisboa. Está tudo no livro "Sob o
signo da Verdade"... mas codificado em paralelo com o livro de Dan
Brown "Código Da Vinci". Se não acredita... verifique...
1ª Pista
O filho de Carrilho chama-se Dinis.
O Rei D. Dinis morreu com 46 anos.
Pág. 46 do Código Da Vinci:
Aparece a palavra "Portugal".
2ª Pista
A palavra Carrilho tem 8 letras.
Avançamos 8 páginas.
Pág. 54 do Código Da Vinci:
Aparece "campanha da difamação".
3ª Pista
O livro de Carrilho tem 207 Páginas
Pág. 207 do Código Da Vinci:
Aparece "Toda a gente adora uma conspiração".
4ª Pista
Clara Ferreira Alves foi muito criticada por Carrilho e aparece no
livro de Carrilho na página 167
Pág. 167 do Código Da Vinci:
Aparece "A preciosa verdade perdeu-se para sempre".
5ª Pista
Emídio Rangel é apoiante de Carrilho e aparece na página 78 do livro
de Carrilho.
Pág. 78 do Código Da Vinci - aparece o recado de Rangel para Carrilho
"Professor... as consequências poderiam ser desastrosas para si."
6ª Pista
Quem tramou realmente Carrilho ?
O filme de Carrilho na campanha tinha 13 minutos.
Somamos à página 78, os 13 minutos do filme e vamos para a página 91
Pág. 91 do Código Da Vinci
Aparece " P.S. - P.S. - P.S."
E como diz o outro... Isto é mesmo verdade, não é só publicidade!
Afinal não deviam ter feito o filme "O Código Da Vinci", mas sim "O
Código de Carrilho".
Via email.

Coisas Extraordinárias...

O ministro do Ambiente, Nunes Correia, pediu ontem esclarecimentos ao presidente do Instituto de Conservação da Natureza (ICN) sobre a adjudicação à TT-Thinktur da elaboração do programa de visitação e comunicação da rede natural de Áreas Protegidas. Na sequência da notícia do DN, Nunes Correia quis conhecer em pormenor os passos do concurso, já que, segundo fonte próxima, todo o processo decorreu sob a alçada do ICN. "Trata-se de um acto de gestão", assinalou a mesma fonte. João Menezes deverá agora fazer chegar ao gabinete do ministro as sete propostas, as actas do júri e o contrato celebrado a 3 de Abril entre a empresa vencedora e o ICN. Apesar de apresentar a proposta mais elevada, a TT-Thinktur distinguiu-se dos outros concorrentes pelo mérito técnico da proposta.
A elaboração do programa de promoção da rede natural de áreas protegidas foi decidida em 2004 pelo Instituto de Conservação da Natureza (ICN), embora o concurso público só tivesse sido lançado em Novembro de 2005. Como DN noticiou ontem, o júri do ICN deliberou em 15 dias pelo mérito técnico da proposta da TT-Thinktur, empresa do ex-secretário de Estado do Turismo, Luís Correia da Silva, constituída em Fevereiro de 2005, a qual, como não tem quadro de pessoal, se propôs fazer o estudo de promoção dos parques e reservas nacionais em regime de outsourcing.Uma das pessoas que ajudam a suportar a proposta de Correia da Silva - o sócio gerente e maioritário da TT-Thinktur - é Teresa Gamito que, até 2003, foi vice-presidente do ICN. A funcionária superior do ICN passou também pelo gabinete de Isaltino de Morais e foi assessora de Santana Lopes para o Ambiente.
O ICN decidiu avançar com a definição de uma estratégia para as áreas protegidas em 2004, na sequência de uma auditoria externa feita pelo ISCTE. Este estudo, que avançava para um modelo de rentabilização das áreas protegidas, foi coordenado por João Menezes que, pouco tempo depois, a convite do secretário de Estado Adjunto e do Ambiente, Jorge Moreira da Silva, aceitava dirigir o organismo - que afinal conhecia bem -, substituindo Silva Costa.Mas o aproveitamento das potencialidades económicas e turísticas dos 29 parques e reservas portuguesas já fazia parte dos planos do Governo. Em 2003, já com Correia da Silva como secretário de Estado, o ministro da Economia, Carlos Tavares, na apresentação da estratégia do Plano de Desenvolvimento do Turismo Português, preconizava a definição de um modelo que aproveitasse o potencial de crescimento do Turismo da Natureza. Aliado ao conceito "Parques de Portugal", que o ICN deseja promover, desde 2004, como marca de promoção turística, a elaboração do estudo acabou por ser prevista pelo Programa de Investimento e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central (PIDDAC) de 2005 e 2006. Em declarações ao DN, na segunda-feira, o presidente do ICN confirmou que os 240 mil euros que irá custar o programa de visitação e comunicação da rede de áreas protegidas irá sair da Opção 3, da Estratégia Nacional de Conservação da Natureza e da
Biodiversidade e essa mesma descrição surge no contrato assinado entre a TT e o ICN. C

terça-feira, maio 23, 2006

Carrilho, o incompreendido

Um verdadeiro espectaculo deprimente o programa Prós e Contras de ontem. De um lado um político reçabiado ladeado por um jornalista com afinidades familiares com um ministro socialista, do outro o eterno incompreendido ( e incompreensível ) filosofo socialista - ou direi "socialite" - secundado por um renegado e fracassado director de televisão sensacionalista. Já de si o cenário não era animador e não era de prever nada de bom. Ou de construtivo.

E de facto foi o que aconteceu.

Danos colaterais: ao que parece, a senhora Carrilho parece ter visto o seu programa cultural cancelado.

Ainda assim, preferia continuar a ter que aturar o programa que a ouvir tal feira de pseudo-vaidades, com pseudo-intelectuais de baixo nível. A começar e acabar pelo tal candidato à CML cujo argumento único era remeter e remeter-se ao seu currículo académico.

Em suma, foi uma bela amostra do que é o ilustre intelectual português reçabiado.

segunda-feira, maio 22, 2006

Rosa Laranja

Diferenças substanciais entre o Partido Socialista e o Partido Socialista de Direita (PSD) para resolver o problema criado pelos mesmos de excesso de funcionários públicos:

O primeiro paga as indemnizações com os impostos dos contribuintes nacionais, o segundo paga as indemnizações com os impostos comunitários.

Vamos todos ajudar o PSD a tentar ser diferente do PS.

1) Pagamento do deficit orçamental com impostos espanhóis

2) Projecto da OTA em Setúbal.

3) TGV a passar no Algarve.

4) Descentralização de competências dos ministérios para os secretários de estado.

5) Redução do peso do Estado, a contratualizar com a sociedade civil (Dr. Talon e Dr. Fernando Povoas) programas de emagrecimento para todos os agentes da função pública.

Aceitam-se propostas para ajudar o Partido Socialista de Direita.

Socialismo encapotado

A surpreendente afirmação de Ferreira Leite “estamos muito desanimados porque o PS está a por em pratica algumas das nossas politicas” traduz a proximidade ideológica e a falta de diferenciação das políticas defendidas pelo bloco central.

A falar de fusão entre partidos, aqueles que podem juntar mais sinergias e (in)competências são exactamente aqueles que sempre estiveram lado a lado ideologicamente.

O resumo do congresso do partido socialista que se afirma de direita centra-se na birra de o partido socialista ter roubado o programa socialista que era defendido pelo partido socialista de direita. Confuso? Eles também!

domingo, maio 21, 2006

Desemprego de baixa qualificação

Soubemos recentemente que o desemprego no distrito de Aveiro voltou a subir 2%. Sabemos que o PEC daltónico aprovado pelo Governo socialista contraria esta versão nos próximos anos, e perguntam – apreensivos – os aveirenses o que esperar do futuro.

O desemprego em Portugal deixou de ser um problema conjuntural para ser um factor estrutural da nossa economia. Escolhemos pertencer ao pelotão do desenvolvimento, escolhemos competir com as economias geradoras de valor pela inovação e pela competitividade, e isso tem implicações óbvias na mutação dos factores competitivos que ditam o sucesso ou insucesso dos nossos agentes económicos.

A famigerada qualificação dos recursos humanos é recorrentemente apontada como solução para que a economia possa dar o salto definitivo para a linha da frente do desenvolvimento. Sendo esse o caminho, importa reflectir sobre outras questões de resolução mais difícil. Até que ponto é que é realista pensar que podemos transformar o José Antunes, pescador da Murtosa, num técnico de redes altamente qualificado?

O backbone social afectado por esta mudança implica pensar mais além, e saber dar soluções a quem aparentemente não as tem. Sabendo do surrealismo que tal proposta acarreta, exige-se respostas mais do que obvias para problemas pouco óbvios. A geração de mais valor acrescentado na economia portuguesa não passa por sermos todos técnicos de redes ou engenheiros de software.

A solução passa por dois vectores, a primeira é naturalmente o mercado: A democratização do ensino gerou nas novas gerações mais dinamismo e uma orientação clara para formação avançada em áreas criticas para o desenvolvimento e criação de empresas mais competitivas.

O segundo vector é a requalificação, não podemos pedir ao José Antunes que seja um técnico de redes de ponta, mas se existir um management qualificado e orientado para a criação de valor, pode levar à transformação das áreas de negocio sem dimensão de forma a competirem no mercado internacional.

A empresa de pesca onde trabalha o José Antunes, pode deixar de ir vender para a lota da Bica (Murtosa) e passar a cooperar estrategicamente com parceiros locais de forma a ganhar dimensão internacional diversificando as actividades produtivas (case-study espanhol), que levem o José Antunes a deixar de meramente recolher as amarras que trazem o peixe, mas requalifica-lo de forma a que transforme todo o seu know-how em mais do que uma tarefa mecanicista geradora de pouco valor.

A um distrito como Aveiro, que é díspar nas qualificações e nas áreas de actividade, importa adequar soluções para aqueles que estão na rota da tecnologia e da inovação e para aqueles que podem vir a ser os mais competitivos a nível mundial, não tendo de ser certamente peritos em software e telecomunicações. O desemprego de baixa qualificações resolve-se com uma requalificação realista e integracionista de todos aqueles que só não fazem melhor porque parece o país ditar-lhes uma morte anunciada.

quarta-feira, maio 17, 2006

A ler..

Faço parte da "matilha" que fria e implacavelmente toldou a caminhada gloriosa do dr. Carrilho até aos paços do concelho. Na qualidade de membro dessa agremiação de malfeitores coube-me, segundo se escreve na página 127 de Sob o Signo da Verdade, escrever um editorial no Diário de Notícias que, além de "tosco", foi "revelador das intenções de toda a manobra". Neste caso, "manobra de diversão que mudasse o foco da atenção pública para outra coisa" que não as ideias e a estratégia do candidato à câmara. O DN, diz Carrilho mais à frente, fazia parte dos seis jornais que A. Cunha Vaz "se gabava" de "ter na mão" - o que significa que eu, na altura subdirector deste jornal, terei sido comprado ou manipulado, ou ambas as coisas, pelo tal A. Cunha Vaz, e o editorial que escrevi fazia parte da poderosa "campanha" de Carmona Rodrigues destinada a desvalorizar a genialidade dos lugares-comuns que o candidato socialista exibia diariamente.Num país civilizado, eu devia processar o dr. Carrilho e ganhar muito dinheiro com a mancha que ele pretende deixar sobre o meu nome, que leva 25 anos de carreira profissional sem mácula. Em Portugal, talvez devesse seguir a estratégia de alguns amigos de Carrilho e, ao encontrá-lo na rua, enfiar-lhe dois murros bem dados, reduzindo-lhe o nariz à sua efectiva relevância pú-blica, ainda que lhe desse mais alguns minutos de notoriedade nas páginas do 24 Horas. Como o país não é civilizado e eu não sou dado à violência física, resta-me escrever e publicar aqui o que diria ao dr. Carrilho se acaso o encontrasse neste instante na rua: "E se o sr. fosse à merda mais as suas invenções delirantes e perseguições disparatadas?" Melhor e mais simplesmente dito: "Porque raio não se enxerga, dr. Carrilho?"Quanto ao essencial da acusação, devo comunicar aos leitores do livro Sob o Signo da Verdade que não conheço o sr. Cunha Vaz de lado algum, escrevi sempre os editoriais que entendi sem quaisquer limitações, e declarei publicamente o meu apoio à dra. Maria José Nogueira Pinto, apesar de ser eleitor habitual do Partido Socialista. Ou seja, no que me diz respeito, estamos "Sob o Signo da Mentira". Ora, quem não se sente não é filho de boa gente. E eu sou.

quarta-feira, maio 10, 2006

AM Aveiro

« «Contas do PS» aprovadas

O Relatório de Gestão, Prestação de Contas e Balanço Social de 2005 da Câmara de Aveiro foi aprovado pela Assembleia Municipal (AM). O documento contou com 36 votos favoráveis de PSD, CDS/PP e PS, merecendo a abstenção de Bloco de Esquerda e PCP.

A actual maioria camarária, composta por PSD e CDS/PP, apenas geriu a autarquia nos dois últimos meses do ano passado, daí que em avaliação tenham estado «as contas do PS», como referiu o democrata-cristão António Granjeia.

«Os dois partidos no poder praticamente não tiveram qualquer intervenção, apenas se limitaram a conferir as contas», referiu.Carlos Candal, o mais interventivo deputado municipal do PS, afirmou que o relatório «é um grande elogio a Alberto Souto».

O anterior presidente da Câmara «fica na história de Aveiro», disse, acrescentando: «Daqui a 20 anos ninguém se lembra das dívidas, apenas das obras».

Num momento de maior exaltação, disparou um «cresça e apareça» dirigido a Carlos Martins, jovem membro do CDS/PP que insinuara que os socialistas estão a «descolar» do trabalho que Alberto Souto realizou nos oito anos em que liderou o município.

«No PS ninguém quebra a solidariedade com Alberto Souto», afiançou Candal.PSD e CDS/PP insistiram sobretudo na dívida acumulada pela Câmara durante a gestão socialista e na baixa taxa de execução orçamental, a rondar os 33 por cento.

O «popular» Jorge Nascimento chamou ainda a atenção para a quantidade de processos litigiosos em que a autarquia está envolvida, realçando que é necessário «melhorar a diplomacia» camarária.No Relatório de Gestão, Prestação de Contas e Balanço Social de 2005 que apresentou à AM, Élio Maia, actual presidente da Câmara, refere que o documento é o «ponto de chegada de um conceito de administração municipal».

«Uma outra concepção de gestão, particularmente no que respeita às finanças municipais, que nos responsabiliza e com a qual nos comprometemos, ficará patente no próximo balanço anual da actividade municipal», frisou. »


in Diário de Aveiro 2006-05-10