Coisas que eu não entendo
Há muitas, mesmo muitas coisas que eu não percebo. Uma deles é esta tendência (obrigatoriedade) para se dizer bem da obra de qualquer pessoa que morra, como se a morte libertasse das imperfeições terrenas, ou como o respeito pelo defunto implicasse um consentimento ou um aligeiramento na avaliação da sua actuação terrena. Exemplo mais perfeito – Cunhal.Outra coisa que não percebo é a mania de se fazer sempre uma avaliação “globalmente positiva” da actuação daqueles que tiveram muito tempo no poder.
Não percebo, não concordo.
Hoje como ontem continuo achar que o Professor Cavaco Silva não foi um excelente Primeiro Ministro.
Hoje como ontem continuo a achar que um Presidente da República que demite um Governo com fundamento em “vocês sabem no que eu estou a falar”, ao melhor estilo de um ex treinador do grande FCP (obrigado FMS pela dica num post já antigo), não pode ser considerado “globalmente” um bom Presidente da República.
[Diogo Duarte Campos]
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