Farto de Vitórias Morais
Luís Delgado refere, no DN de hoje, que Paulo Portas deveria ser agraciado com a “Medalha de Serviços Distintos”, pelos serviços prestados enquanto Deputado, Ministro e Presidente do CDS/PP, tendo-se distinguido com “valor e mérito”.
De facto, haverá hoje, da esquerda à direita, um certo consenso, mesmo entre aqueles que por Paulo Portas e/ou pelo CDS/PP destilam puro ódio, que o mesmo exerceu com elevada dignidade as suas funções políticas e que o CDS/PP mostrou no Governo uma excelência difícil de alcançar.
Todavia, Luís Delgado considera ainda que “Um dia obterá a Medalha de Honra do Congresso, a mais alta e rara condecoração”. Neste ponto devo expressar as minhas dúvidas. Não porque considere que Paulo Portas não reúna as condições para isso, não porque considere que tal não seria de elementar justiça, não porque não considere que Paulo Portas é um “primus inter pares”.
Julgo até que Paulo Portas terá tudo para ser agraciado com a “Medalha de Honra do Congresso”. Mostrou que sabe governar, soube aceitar os resultados eleitorais e soube sair, granjeou respeito e admiração.
Porém, para ser distinguido com tal honra faltar-lhe-á, rectius, terá o problema de sempre. Faltar-lhe-á Partido.
Num País onde o aquele que é tido como o representante do Centro-Direita se apresenta ao eleitorado com sendo um homem de Centro-Esquerda; num País onde o principal partido da oposição ao Governo Socialista é um partido Social-Democrata; num país onde o único Partido representante, assumido, das Direitas tem uma expressão comparável à extrema-esquerda, temo que a Paulo Portas falte espaço para tal honra.
Dir-me-ão:
– Agora será diferente.
- O CDS/PP esteve no poder e demonstrou ser uma mais valia para Portugal
- Portas mostrou que é o melhor político português.
Receio, porém, que sempre tenha sido assim.
Há demasiados anos que ouço que o CDS/PP tem o melhor grupo parlamentar, há demasiados anos que ouço que o CDS/PP tem o melhor Presidente; há demasiados anos que ouço que o CDS/PP teve sempre razão antes do tempo; há demasiados anos que ouço que o programa do CDS/PP é sempre o melhor, há demasiados anos que ouço que o CDS/PP tem os melhores quadros, há demasiados anos que ouço todos os elogios possíveis e imaginários ao CDS/PP…
Há demasiados anos que, não obstante todos os elogios, todas as vitórias morais, tudo quanto o CDS/PP fez por Portugal, há demasiados anos que não lhe é dada a possibilidade de se acabar com a alternância do bloco central e surgir uma verdadeira alternativa de Direita, Liberal e Conservadora.
Temo bem que o problema em Portugal seja o dos Portugueses encararem os Partidos como os Clubes, queixarem-se muito e insistirem nos mesmos, deixarem de acreditar em todos antes mesmo de terem sentido a mudança.
De facto, haverá hoje, da esquerda à direita, um certo consenso, mesmo entre aqueles que por Paulo Portas e/ou pelo CDS/PP destilam puro ódio, que o mesmo exerceu com elevada dignidade as suas funções políticas e que o CDS/PP mostrou no Governo uma excelência difícil de alcançar.
Todavia, Luís Delgado considera ainda que “Um dia obterá a Medalha de Honra do Congresso, a mais alta e rara condecoração”. Neste ponto devo expressar as minhas dúvidas. Não porque considere que Paulo Portas não reúna as condições para isso, não porque considere que tal não seria de elementar justiça, não porque não considere que Paulo Portas é um “primus inter pares”.
Julgo até que Paulo Portas terá tudo para ser agraciado com a “Medalha de Honra do Congresso”. Mostrou que sabe governar, soube aceitar os resultados eleitorais e soube sair, granjeou respeito e admiração.
Porém, para ser distinguido com tal honra faltar-lhe-á, rectius, terá o problema de sempre. Faltar-lhe-á Partido.
Num País onde o aquele que é tido como o representante do Centro-Direita se apresenta ao eleitorado com sendo um homem de Centro-Esquerda; num País onde o principal partido da oposição ao Governo Socialista é um partido Social-Democrata; num país onde o único Partido representante, assumido, das Direitas tem uma expressão comparável à extrema-esquerda, temo que a Paulo Portas falte espaço para tal honra.
Dir-me-ão:
– Agora será diferente.
- O CDS/PP esteve no poder e demonstrou ser uma mais valia para Portugal
- Portas mostrou que é o melhor político português.
Receio, porém, que sempre tenha sido assim.
Há demasiados anos que ouço que o CDS/PP tem o melhor grupo parlamentar, há demasiados anos que ouço que o CDS/PP tem o melhor Presidente; há demasiados anos que ouço que o CDS/PP teve sempre razão antes do tempo; há demasiados anos que ouço que o programa do CDS/PP é sempre o melhor, há demasiados anos que ouço que o CDS/PP tem os melhores quadros, há demasiados anos que ouço todos os elogios possíveis e imaginários ao CDS/PP…
Há demasiados anos que, não obstante todos os elogios, todas as vitórias morais, tudo quanto o CDS/PP fez por Portugal, há demasiados anos que não lhe é dada a possibilidade de se acabar com a alternância do bloco central e surgir uma verdadeira alternativa de Direita, Liberal e Conservadora.
Temo bem que o problema em Portugal seja o dos Portugueses encararem os Partidos como os Clubes, queixarem-se muito e insistirem nos mesmos, deixarem de acreditar em todos antes mesmo de terem sentido a mudança.
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