Viva Portugal!
Escrevo estas linhas poucas horas depois de termos perdido com a França nas meias-finais do Campeonato do Mundo de futebol.Não escrevo triste, não escrevo frustrado, não escrevo revoltado com um àrbitro “terceiro mundista” habituado a submeter-se à vassalagem de antigas potências que se entretêm a fazer ensaios nucleares em paraísos do pacifico. Escrevo antes com o travo de quem quer mais, muito mais para o seu país.
Ser terceiro ou quarto no mundial, em qualquer mundial, no que quer que seja é como ser Miss Simpatia num concurso de Misses. É bonito mas não sabe a nada! Eu queria ser Campeão do Mundo, nós queriamos ser Campeões do Mundo.
Portugal mostrou raça, vontade, querer, determinação, espirito de sacrificio, mostrou que quando estamos juntos, todos juntos, a trabalhar em equipa, na mesma direcção, somos capazes de coisas fantásticas, de transformar sonhos em realidades, de tornar possivel o impossivel. Vimos uma equipa de heróis, que olharam de frente os obstáculos sem medo, nem receio, e que foram em frente procurando superar o insuperável, e nunca se resignando àquilo que os outros dizem ou pensam de nós.
No futebol já mostrámos que somos Campeões, quer ganhemos a taça ou não, porque não mostramos o mesmo no resto? Se trabalharmos juntos, se olharmos para o país como o nosso projecto comum, como a nossa taça a alcançar, se nos empenharmos, dedicarmos, se tivermos espírito de sacrificio, não para pagar mais ou menos impostos, mas para nos submetermos a construir um país que seja cada vez melhor para todos, então nós vamos ser campeões, não só do futebol mas também da iniciativa, da produtividade, da prosperidade, da humanidade.
Portugal não pode mais ser o país dos “coitadinhos”, o país do triste fado, porque o destino não tem que ser penoso, nem a saudade dolorosa, mas antes temos que olhar para o nosso fado como sendo o fado do sucesso, para o nosso destino como um destino grandioso em que Figo, Ronaldo, Ricardo, Ricardo Carvalho, Pauleta, Costinha, e todos os outros que estiveram na Alemanha a representar-nos, deixem de ser fora-de-série para serem de produção em série, seja no desporto, na política, na ciência, na indústria, no comércio, na justiça, na pesca, na agricultura, e em todas as àreas da nossa sociedade nesta “ocidental praia Lusitana”!
Viva Portugal!
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