segunda-feira, dezembro 19, 2005

Congresso JP

Não gosto de usar este Blog para discutir questões internas da JP. A JP discute-se nos seus órgãos, neste Blog discute-se, sobretudo, políticas para o Distrito de Aveiro.

Porém, após o congresso nacional da JP, não posso deixar de comentar o mesmo para todos os que nos queiram ler e não apenas para cada um dos membros da Distrital de Aveiro da JP.

Antes do mais, quero agradecer a todos os que participaram neste congresso, a todos que contribuíram para a participação de Aveiro ter sido – desculpar-me-ão a imodesta – brilhante. Excelente na moção, irrepreensível na postura, digna e livre, sempre em nome da liberdade, sempre intransigente na defesa da sua consciência.

Em primeiro lugar cumpre dar os parabéns a quem ganhou. Não por qualquer mecanicismo, não por qualquer praxis fortemente enraizada, não por ser um mínimo de gentileza mas, simplesmente, porque nós somos assim – a liberdade que nos permitiu discordar tem como correlativo a responsabilidade de assumirmos os resultados. Assumir os resultados é saber não só dar os parabéns a quem ganhou, como também perceber que as discussões sobre o Congresso terminam no seu encerramento.

Não porque devamos passar uma esponja sobre o passado; não porque não tenhamos memória; não porque nos devamos esquecer de Albergaria ou da votação de braço no ar. O Congresso termina no seu encerramento porque o passado não nos condiciona o futuro, nem pode, muito menos, condicionar a actividade da JP.

Há um projecto para os próximos dois anos, há uma direcção eleita para o próximo biénio e nesse lapso de tempo concretizar as suas ideias. Nós cá estaremos, na primeira fila, como sempre. Iremos a todo lado, ajudaremos no que for profícuo, participaremos em tudo. Sempre com a liberdade que nos exorta, nos encoraja e move, sempre com a responsabilidade e a exigência de quem não esquece que tinha um outro caminho e que ousou dizer que é possível fazer melhor e fazer mais do que aquilo que tem vindo a ser desenvolvido.

Em segundo lugar, temos que assumir que perdemos. Perdemos, mas não fomos derrotados. Só é derrotado quem perde a esperança, e nós temos muita confiança; só é derrotado quem deixa de acreditar e nós temos muita fé no futuro; só é derrotado quem perde o alento e nós temos muita alegria; só é derrotado quem não tem um caminho e nós temos um projecto.

Temos um projecto em que acreditamos tanto hoje, como acreditávamos ontem; temos um projecto em que confiamos tanto hoje, como confiávamos ontem, temos um projecto que aponta um futuro - o nosso futuro -, um projecto de ideias, um projecto de convicções, um projecto de ideais mas que aponta soluções concretas e, sobretudo, ontem como hoje temos um projecto para todas as Direitas, um projecto que agrega, um projecto que oferecemos a todos em nome da JP, em nome do CDS e em nome de Portugal.

Em terceiro lugar temos que assumir as nossas responsabilidades. Quem apresenta um projecto em nome de órgãos distritais para toda a JP assume, nesse exacto momento, a responsabilidade de ser capaz, mutatis mutandis, de assumir e concretizar esse mesmo projecto.

Esse será o desígnio da JP de Aveiro para os próximos dois anos – pensar a Direita e apresentar um novo projecto de sociedade para Portugal.

Em nome da liberdade que nos constitui e enforma concretizaremos o nosso próprio projecto, com a certeza de que, se formos capazes, Aveiro será mais forte, mais coesa, mais informada e formada, mais interventiva, mais participada, mais respeitada pela sociedade em geral e a juventude em particular, mais livre e responsável; mas também com a certeza de que assim ganhará toda a JP.

[Diogo Duarte Campos]