quarta-feira, fevereiro 08, 2006

Ó Tempo anda para trás!

A comissão de trabalhadores (CT) da Portugal Telecom alertou hoje que a oferta pública de aquisição (OPA) lançada pela Sonae sobre a PT pode pôr em causa o futuro do grupo e dos seus trabalhadores. Por isso, defendem a manutenção da blindagem dos estatutos e do controlo do Estado sobre a empresa através da «golden share».
Se a OPA for bem sucedida «a PT pode ser retalhada, a TMN e a Multimédia vendidas, a VIVO vendida à Telefónica e os centros de decisão de uma empresa estratégica para a independência do país passarem a ser controlados pelo exterior», refere o comunicado da comissão.
«As notícias que circulam têm contornos pouco claros porque não se sabe quem está por detrás da Sonae, sendo do conhecimento público que a empresa de Belmiro de Azevedo, por si só, não tem capacidade para uma operação desta envergadura».
Em comunicado, os trabalhadores recordaram que o parceiro da Sonaecom é a France Telecom e que o banco anunciado para esta operação é o espanhol Santander.
Neste sentido, a CT defende a manutenção da blindagem dos estatutos e do controlo do Estado sobre a empresa através da «golden share» e o aprofundamento da sua posição accionista «como uma forma mais segura de acautelar os interesses nacionais, da empresa e dos trabalhadores».
Os trabalhadores lembraram que o sucesso da operação está dependente da posição do accionista Estado, uma vez que este pode intervir através da «golden share» impedindo a desblindagem dos estatutos que só pode ser feita em assembleia geral de accionistas.
«Ou Belmiro de Azevedo teve luz verde para avançar com a OPA através da garantia de que os obstáculos seriam removidos ou então por detrás da iniciativa estarão outros objectivos que ainda não descortinámos», lê-se no comunicado.
Face à situação, a CT já propôs aos sindicatos representativos dos trabalhadores da PT uma reunião com carácter urgente.

2 Comments:

At 12:21 da tarde, Blogger Carlos Martins said...

SE a PT fosse uma empresa "completamente" privada, bem podiam reclamar. Estas movimentações so são possiveis porque o Estado é "susceptível" a estas questões.

 
At 10:01 da tarde, Blogger PM said...

Estas declarações terceiro-mundistas são o espelho do pior do colectivismo que trava a força de um país.

A ignorancia regional desses senhores, e a unica explicação para considerar o Santander um banco espanhol, o Santander é um banco mundial que por acaso tem sede em espanha, sendo o quarto maior europeu e dos maiores a nivel mundial.

Este alarmismo é espelho da visão de curto prazo, as golden shares vão acabar, e depois, quero ver se alguem vem com a moralidade de reclamar os ditos centros nacionais.

 

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