terça-feira, março 13, 2007

O Reagan democrata?

So ontem vi o documentario "Uma verdade inconveniente", e chego a conclusão que Al Gore é de facto um bom actor. Em relação ao enredo,nada de mais. Trata-se de um apanhado. Como disse Sousa Tavares sobre a derrocada de um bar na Caparica "Não foi nada para o qual não tivessemos ja sido avisados". Este documentario é só e apenas isso. Não quer dizer que não apoie esta emergente consciência ambiental,capaz de chegar inclusivé a poltica e economia. Gosto disso,até porque nunca morri de amores por sectores como petroliferas e quimicas ao descontrolo. Mas não tenho é grande pachorra para esta cruzada messianica de Al Gore,agradeço-lhe ter sacudido consciências,mas confesso que não entendo esta dupla(!) vinda a Portugal. Á custa do nosso país o seu cachet para a campanha presidencial sai reforçado,Hillary que se cuide,porque Al Gore transformou-se em actor para chegar a Casa Branca,esperemos que Al Gore consiga fazer pelo ambiente mundial,o mesmo que Reagan,outro actor feito presidente, fez contra o comunismo; e ja agora que não se esqueça de uns individuos barbudos de turbante na cabeça que se julga andarem ali pros lados das montanhas fronteiriças entre Afeganistão e Paquistão. Na campanha presidencial Al Gore não tera como fugir ao assunto,por muito que Di Caprio o tente ajudar, a grande verdade não sera inconviniente, sera mais do tipo "Allahu AKbar and take a good look to my kalashnikov!",até la,o degelo da Gronelandia tera que esperar...

quinta-feira, março 01, 2007

o regresso ao futuro...

No filme de Robert Zemeckis, Michael J. Fox viajava até ao passado para poder voltar ao futuro, agora é o Dr. Paulo Portas que, inspirado pelo passado, julga poder regressar no futuro ao lugar que abandonou.
Se em 2005, no dia das eleições, me orgulhei por ter um Presidente que era diferente dos outros, e por acreditar que, afinal, estava mesmo num partido diferente dos outros, em que os resultados trazem consequências, em que não há vergonha por perder, antes honra de ter ido a votos pelas nossas ideias e o reconhecimento de que os nossos concidadãos não se reviram em nós, hoje sinto alguma mágoa e traição por parte do anúncio do Dr. Paulo Portas.
D. Sebastião houve só um, e esse não voltou, porque não passa de uma miragem, de uma esperança romântica, de um sonho a que nos agarramos por via do fatalismo que corre nas nossas veias. O Dr. Paulo Portas não é D. Sebastião, nem é esperança para ninguém. A esperança reveste-se de novidade, de mudança, e o Dr. Paulo Portas apenas representa o regresso a um partido que tem 7% dos votos e sem coluna vertebral.
Eu até gosto do Dr. Paulo Portas, acho-o inteligente, carismático, por vezes brilhante, mas não me consigo rever nele, nem me consigo identificar com o seu estilo de liderança errático de quem anda ao sabor do vento ora falando para a direita, ora piscando o olho ao centro, sem estratégia nem rumo.
Porém, no meio disto tudo, o que mais me aborrece é que parece que o Dr. Paulo Portas decidiu voltar porque lhe pediram muito.
Houve por aí uns senhores que se quiseram armar em donos do partido e perderam dois congressos e umas directas, e que agora, quais putos arreliados com espirito de vingança, se viraram para o "mano" mais velho para os vingar, mas olhem que nem sempre o "mano" mais velho ganha!
Por mim não há directas nem congresso extraordinário para ninguém. Se o Dr. Paulo Portas quer voltar a ser Presidente do CDS então que se candidate no congresso ordinário de 2008, e se não quiser esperar, paciência. Que eu saiba no CDS todos os militantes são iguais, e o partido é de todos, não depende de um e da sua vontade.
Bem sei que há muitos colegas meus, neste blog, na JP e no CDS, que se revêm nesta candidatura do Dr. Paulo Portas. Tenho pena de não estarmos todos juntos nesta empreitada, mas no "day after" saibam que ganhe quem ganhar, eu cá estarei para trabalhar com todos vocês, seja qual for o lider, mas com a certeza de que não estou, nem estarei, neste partido por ninguém a não ser por mim, pelas minhas ideias, pelos meus valores e principios, e que neste partido, como na vida, só dependerei de mim e da minha vontade.